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(pt) Sicilia Libertaria: Batalhas. Trabalhem menos, trabalhem todos, por salários iguais. UM JOGO PARA JOGAR BEM (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]

Date Sat, 18 Mar 2023 08:44:50 +0200


Constantemente nos aflige a ladainha da crise econômica, crise que de tempos em tempos tem ponderado e articulado explicações: as dificuldades da China, os graves problemas dos Estados Unidos, um gigante em declínio, a recuperação da economia no pós-pandemia que desencadeou uma espiral inflacionária, a traiçoeira guerra da Rússia contra a Ucrânia e a resultante crise de energia e grãos, para citar alguns fatores que caracterizam a economia global; se então chegarmos à situação italiana, apelamos para aqueles fantasmas limites estruturais que impediriam finalmente o crescimento duradouro da empresa nacional: falta de infra-estrutura, baixa produtividade, baixa competitividade interna e externa. Os dados que são apontados em todas as oportunidades, pelo Istat, Eurostat, Banco da Itália e dezenas de outros institutos de vários tipos e natureza, atestam esse estado de crise perene, exceto ocasionalmente mencionando algum indicador que em alguns meses, ou trimestre registra um sinal positivo, útil para levantar o moral. Mas o quadro geral retornado é o de uma situação que há décadas se encontra em estado de contínua dificuldade, sem contar as crises anteriores e pontuais do sistema capitalista, estudadas pelos economistas através dos chamados ciclos. No entanto, esta constância, mais do que identificar o mercado e a economia capitalista - apesar de ter condições favoráveis como mão-de-obra barata e utilização ilimitada dos recursos naturais e colectivos - é responsável pelo insucesso e por uma incapacidade intrínseca de responder às necessidades por vezes elementos do todo sociedade, se apresenta como resultado das limitações do potencial que o mercado e o capital de outra forma seriam capazes de liberar. Assim, a ênfase colocada na crise transforma-se num poderoso instrumento de imposição de uma substancial precarização laboral - passado algum tempo voltamos a falar em trabalhadores pobres, obrigados a exercer mais atividades, sem contar os muitos desempregados ou inativos, como são classificados pelas estatísticas - em nome de um alegado interesse empresarial nacional. Ao contrário, as enormes desigualdades certificadas até pelas instituições representariam um pequeno inconveniente necessário para que recomeçasse o circuito que garante o bem-estar da maioria. Primeiro investimentos e lucros, depois melhores salários e salários, argumenta-se: uma suposta lei econômica que nunca foi provada.

Nesse quadro deprimente em que axiomas - crescimento, competitividade, etc. - são dados como certos, mesmo por aqueles que deveriam se opor a eles, de vez em quando aparecem no horizonte miragens que chamam a atenção do público e funcionam como perfeitos distratores. Uma última, que vem sendo discutida há algumas semanas, é a da redução da jornada de trabalho por igualdade salarial, para ampliar o número de pessoas ocupadas, dita em linguagem sindical. Naturalmente, na Itália, tal proposta provocou a clara oposição do mundo dos negócios, que os acusa de não poder arcar com os custos de tal operação em um momento de dificuldade. Outros acreditam que, além de ter benefícios trabalhistas, a redução da jornada de trabalho para quatro dias por semana levaria a uma melhora na produtividade, pelo fato de os trabalhadores trabalharem com mais atenção e menos estresse. Para apoiar isso, são citadas as experiências positivas realizadas na Islândia e as iniciadas na Espanha.

Em recente entrevista ao jornal La Stampa, Maurizio Landini, secretário-geral da CGIL, também apoia a causa da redução da jornada de trabalho. Quando o jornalista lhe pergunta: "Como se chega ao novo mundo?", Landini responde: "De muitas maneiras, mas certamente com a reabertura da discussão sobre jornada de trabalho com a semana curta de quatro dias: quem fez teve resultados também em termos de produtividade. Ao mesmo tempo, deve ser ratificado o direito à formação contínua dentro do horário de trabalho". Agora é evidente que o novo mundo tão desejado pelo jornalista Marco Zatterin, como pelo secretário do maior sindicato italiano, se assemelha muito à precariedade - que pode ser declinada de várias maneiras - em que vivemos. Repropõem-se os habituais e incontestáveis princípios da tríade inovação, produtividade, crescimento, poupança que, tal como a trindade, são fugidios e inexplicáveis, e porque apontar para o lucro, para proceder a uma profunda redistribuição da riqueza, é "moralmente" condenável , utiliza-se a categoria de lucros extras, algo aleatório e não precisamente qualificável. Não vai melhor, no que diz respeito a propor uma visão ampla da passagem crucial em que estamos imersos - alterações climáticas e ambientais, pandemias, guerras permanentes, migrações - no composto (mas pequeno) arquipélago do sindicalismo de base e seus referentes políticos. Olhando para a plataforma da greve unitária do passado dia 2 de Dezembro, parece ler-se uma cansativa repetição de pedidos - incluindo o da redução do horário de trabalho - que se apresentam abstractos, desprovidos de força de impacto, tanto mais que a própria proclamação da essas greves se tornaram um ritual vazio e desencarnado: o corpo e a imaginação dos trabalhadores. Nada a ver com aquele radicalismo que em tempos não tão distantes animou, provavelmente como um voo para a frente, a discussão e acendeu a imaginação sobre o tempo de trabalho e o tempo de vida, sobre a recusa de uma sociedade de consumo cada vez mais invasiva. Nestes nossos anos em que deslizamos lenta e entorpecidamente para uma catástrofe prevista que poderia colocar em risco grande parte senão toda a humanidade - novas ameaças atômicas, profundas convulsões climáticas e ambientais - seria necessário fazer o esforço para vão além da lição de casa de uma vingança que, afinal, não difere muito da babel de tagarelice que circula nas salas das instituições e do poder. Não queremos negar a extrema dificuldade de apenas propor uma alternativa tão profunda, mas não podemos mais adiar ao menos a tentativa de iniciar uma reflexão, de empreender caminhos, de experimentar possibilidades.

"Um jogo complicado, mas interessante", como concluiu meu amigo Cosimo Scarinzi em um artigo publicado recentemente no Umanità Nova, que também reflete sobre o que tentamos fazer neste artigo.

Angelo Barberi

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