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(pt) Brazil, CAB: JORNADAS ANARQUISTAS 2023 "JUAN CARLOS MECHOSO" (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]
Date
Sun, 12 Mar 2023 07:57:38 +0200
Mais uma vez, as organizações especifistas do continente estão a reunir-se
pessoalmente nestas Jornadas. Hoje, com a triste notícia da partida do camarada
Juan Carlos Mechoso em Outubro passado, camarada fundador da FAU e difusor do
Especifismo na região. A nossa modesta homenagem é dar o seu nome a esta edição
das Jornadas. ---- A necessidade urgente de organização política ---- A nossa
região está a atravessar uma situação muito complexa. Aumento da miséria e da
pobreza, reforço das políticas neoliberais, crescimento de ideias reacionárias e
de extrema direita e enfraquecimento de projetos populares que confrontem o
sistema . Este cenário não é novo, tem vindo a desenvolver-se desde o fim da
Guerra Fria, e o aumento do progressivismo no governo tem tido um impacto directo
na institucionalização da maioria da esquerda, na redução do horizonte político
para o que é possível dentro das margens do sistema capitalista e tem desvanecido
as concepções político-ideológicas. Tudo isto ao gosto da burguesia de cada país
e das multinacionais. Por outro lado, a ala direita está a avançar a um ritmo
constante, especialmente as concepções ultra-conservadoras estão a avançar de
forma agressiva.
Neste contexto, que tem algumas diferenças com o contexto latino-americano de há
uma década atrás, a presença militante anarquista organizada é fundamental. Em
primeiro lugar, oferecer uma perspectiva política diferente do reformismo e das
correntes "progressistas", para dotar as lutas populares com o classismo e a
independência de classe necessários. Mas, acima de tudo, para fortalecer estas
lutas e para trazer para o plano político-ideológico uma concepção de ruptura
revolucionária, não apenas como um horizonte político distante, mas como uma
perspectiva diária de construção a nível social. É tarefa da Organização Política
influenciar o povo com uma perspectiva de intenção revolucionária. Compreendemos
que esta perspectiva é a única que pode deter o avanço da extrema-direita e
elevar a luta por uma sociedade diferente. É por isso que, como militantes,
devemos fazer todos os esforços para construir organizações, apoiá-las, reforçar
o seu desenvolvimento, estabelecer uma coordenação, a fim de aumentar a presença
e influência das nossas ideias e propostas estratégicas na região.
A Organização Política que precisamos de desenvolver deve ter dois princípios ou
eixos de funcionamento e preocupação: por um lado, a inserção social. Viver
diariamente o drama do povo, organizar socialmente a nível territorial, sindical,
estudantil, camponês, negro, indígena, feminino, etc., de modo a desenvolver
nestes espaços uma prática política que desenvolva a nossa abordagem de base. Sem
uma inserção organizada no coração do povo, as nossas ideias tornam-se palavras
estéreis e vãs, outras correntes organizam-se e influenciam as pessoas que
estamos interessada em libertar de uma vez por todas.
Em segundo lugar, uma forte organização política, com o desenvolvimento político,
ideológico, teórico e técnico necessário em cada etapa. Sem isto, a inserção pode
não dar os frutos que esperamos ou receber corretamente, a nível político-social
e político, todos os esforços feitos nas áreas de inserção. A Organização
Política tem como tarefa a luta política contra o sistema de dominação
capitalista e empurra no seio do povo uma perspectiva revolucionária e um amplo
protagonismo popular.
Federalismo e Poder Popular
Concebemos a futura sociedade com base numa organização federalista. Também
compreendemos o funcionamento das nossas organizações nesta base. O federalismo
está longe de favorecer particularismos e de transformar qualquer esfera em
estéril devido à impossibilidade de acordo, pois cada um cuida da sua própria
"casa". O federalismo tem como base principal a participação das bases, a
participação responsável e empenhada e a articulação de decisões e resoluções a
um nível mais global. De baixo para cima como Bakunin falava, uma sociedade
organizada de baixo com instâncias globais que unificam e contemplam as
diferentes propostas de soluções para os problemas colectivos.
As nossas Organizações Políticas devem prefigurar de uma forma pequena o que
queremos da sociedade futura. É por isso que chamamos a este federalismo
federalismo funcional, um federalismo que articula a militância anarquista
organizada e permite um funcionamento ágil, dinâmico e decisivo. Evidentemente, o
tempo necessário para as discussões deve ser fixado pela Organização e há uma
série de questões que não podem ser discutidas de uma vez só, que devem ser
processadas. Mas também não devemos cair num debate estéril, o que dificulta o
funcionamento da Organização.
Tal federalismo anda de mãos dadas com a nossa concepção do Poder Popular, do
processo de construção da capacidade e força do povo e dos organismos que irão
substituir as estruturas do sistema capitalista, uma vez triunfado um processo
revolucionário. O destino da revolução está a ser jogado a partir de hoje, uma
vez que a capacidade popular que podemos construir hoje estará em jogo no momento
da ruptura. Se não houver um processo prévio de construção do Poder Popular, é
provável que um processo revolucionário seja conduzido ou cooptado por aqueles
partidos com uma orientação vanguardista, centralista e uma concepção de "partido
forte", deixando o povo relegado a um ator passivo e sujeito novamente ao domínio
do Partido-Estado, como aconteceu em vários processos históricos.
A garantia de que isto não irá acontecer é a Organização Política Anarquista, com
uma linha estratégica finalista, mas também com uma estratégia no sentido
estrito, adequada a cada situação ou período, e que nos permite avançar para os
objetivos delineados na estratégia finalista: revolução e sociedade socialista
libertária. As táticas, o que for pontual, os ajustamentos de cada momento
concreto, inserem-se no quadro da estratégia em sentido estrito.
É por isso que a nossa concepção federalista e do Poder Popular é uma parte
intrínseca do Especifismo. É o desenrolar da nossa concepção e do nosso projeto
político da sociedade futura que desejamos, mas são também horizontes que devem
ser concretizados na vida quotidiana. Devemos praticar o Federalismo e promovê-lo
como forma de organização em todas as esferas; além da organização política,
devemos promovê-lo em inserção. Se quisermos disputar setores do povo e da
militância, devemos mostrar que é possível funcionar de forma diferente do que o
sistema propõe e reproduzir em todas as esferas, incluindo partidos de esquerda e
movimentos sociais.
O Poder Popular juntamente com o Federalismo como forma de fortalecer as
organizações populares e o seu desenvolvimento nesta fase. É o povo a tomar o seu
destino nas suas próprias mãos em termos libertários.
Um caminho percorrido e ainda por percorrer
O especificismo na América Latina percorreu um longo caminho, especialmente nos
últimos 30 anos. Temos desenvolvido organizações no Brasil, Argentina, Chile,
Colômbia. Todas com ritmos próprios, dificuldades, mas também com avanços e dando
um cunho diferente ao Anarquismo, que na região tinha sido relegado para uma peça
de museu pelos próprios anarquistas, concentrando-se em debates estéreis em
pequenos círculos, militando entre anarquistas e sem contacto com o povo.
Isto foi, até certo ponto, quebrado. Hoje, o anarquismo especifista está presente
na região e é o protagonista de importantes lutas populares. Ainda há muito a
fazer, mas vamos passo a passo. Deixámos as Jornadas anteriores com uma série de
resoluções, algumas das quais fomos capazes de cumprir ou avançar. Parece-nos
relevante continuar a trabalhar nelas, de modo a dar continuidade ao esforço
coletivo que tem dado frutos. Sem dúvida, uma nova etapa para o trabalho
coordenado das nossas Organizações está começando.
-
- Federacion Anarquista Uruguaya, Coordenação Anarquista Brasileira, Federación
Anarquista de Rosario en CALA (Coordinación Anarquista Latinoamericana).
- Organização Anarquista de Córdoba (Argentina).
- Organização Anarquista de Tucumán (Argentina)
- Organização Anarquista de Santa Cruz (Argentina)
- Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ- Brasil)
- Organização Anarquista do Socialismo Libertário (OASL -Brasil)
- Colectivo Mineiro Popular Anarquista (COMPA - Brasil)
- Rusga Libertaria (Brasil)
- Roja y Negra (Argentina)
- Federación Anarquista de Santiago (Chile)
- Grupo Libertario Vía Libre (Colômbia)
- Juventude Anarquista Lima (Peru)
- Nucleo Anarquista de Asunción (Paraguai)
Organizações observadoras:
- CGT Espanha
https://cabanarquista.org/jornadas-anarquistas-2023
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