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(pt) Italy, UCADI #168: AUTONOMIA DIFERENCIADA: A ESCOLA (ca, de, en, it, tr)[traduccion automatica]

Date Mon, 20 Mar 2023 09:22:49 +0200


postado em21 de fevereiro de 2023 da Ucadi no Número 168 - Fevereiro 2023 , Informativo , Ano 2023 . ---- Na aplicação da autonomia diferenciada, a atribuição às Regiões de competência em matéria escolar assume uma importância estratégica e táctica . Eles seriam contratados pela Região, portanto professores, gestores escolares, mas também todo o pessoal da Ata passariam a ser funcionários de cada Região a que pertencem. Uma força de trabalho regional de pessoal escolar seria construída, as competições regionais proibidas para fornecer recrutamento, a administração escolar imediatamente regionalizada; contratos de trabalho regionais regulariam a relação laboral, tanto no que diz respeito aos direitos e deveres dos docentes como ao tratamento salarial, com a possibilidade de as diferentes Regiões diferenciarem os vencimentos de acordo com o território. A mobilidade seria subtraída da negociação sindical. Tudo isso fica evidente no conteúdo dos acordos firmados pelo governo de Gentiloni com as regiões da Emilia-Romagna, Lombardia e Veneto, que já haviam formulado seus pedidos sobre a escola.
É assim possível prever os efeitos de quando está a acontecer, tendo em conta que se calcula um deslocamento de recursos para as escolas do sul para o norte do país na ordem de mil milhões e meio de euros. Com a educação regional, o exercício do direito de estudar seria negado da mesma forma em todo o território nacional e uma dupla entre o nacional e o regional. As escolas se diferenciariam cada vez mais radicalmente, o fosso Sul-Norte só poderia aumentar, a difusão uniforme de escolas infantis e de tempo integral seria definitivamente negada, o valor legal da qualificação seria comprometido. Mas o que talvez seja ainda mais grave é que as Regiões podem decidir autonomamente sobre programas, ferramentas e recursos.
Nesse sentido, não se trata de ter o ensino do dialeto ou maior atenção à história local, mas de ditar os conteúdos dos programas, afetando mais do que hoje a escolha de livros didáticos gratuitos, a abordagem didática, a declinação dos conteúdos de os programas, lançando as bases para uma diferenciação cada vez maior do país. Não negligencie a possibilidade de decidir sobre a composição das turmas. No passado, as tentativas neste sentido contidas nas leis regionais foram travadas pela intervenção do Tribunal Constitucional que, no entanto, à luz da reforma podem ter mais dificuldade em intervir. E isso sem contar que uma autonomia iria contra o disposto no art. 33 da Constituição que atribui à República a tarefa de ditar as regras gerais da educação.

Autonomia diferenciada para a escola como arma estratégica

A escola, nas suas ordens e graus, emprega cerca de um milhão de pessoas e envolve um número muito significativo de trabalhadores/eleitores. Romper, fragmentar, destruir a unidade contratual deste setor através de intervenções regulatórias e salariais significa dar um rumo muito preciso à modificação do mercado de trabalho, à dinâmica salarial, ao exercício dos direitos sindicais, pondo fim ao sistema trabalhista nacional contrato, abrindo caminho às jaulas salariais, com a motivação de que o diferente custo de vida entre os territórios do país justificaria esta escolha que não tem em conta o facto de nas regiões do sul onde o valor real do salário é mais elevado outros custos como serviços, desde transporte até saúde, são mais caros, elegante. Regionalizar os salários de uma categoria tão vasta de trabalhadores e trabalhadoras teria também um valor estratégico para abrir caminho à diferenciação de todos os salários, reestruturando as relações sociais de todos numa perspetiva regressiva, através da extensão do mesmo critério ao mundo inteiro de trabalho. Mas há mais, e este aspecto diz respeito às formas como se pensa gerir a diferenciação salarial: a utilização de incentivos e recursos provenientes de particulares que operam na área. A contribuição deles certamente seria de uma entidade diferente, o que já está acontecendo em parte hoje devido à infeliz implementação da autonomia escolar principalmente devido à "escola ruim" desejada por Renzi, criando ainda mais diferenças de oportunidades. Com a diferença de que no novo contexto regulatório criado pela autonomia diferenciada seria possível reembolsar os financiamentos recebidos com alterações aos planos de estudos ou mesmo aumentando a incidência de horas dedicadas a atividades escolares/trabalho nos programas, que muitas vítimas e tanta exploração produz e tem produzido, sobretudo nos institutos técnicos e profissionais, mas não só. O peso da formação diminuiria, assim, tornando o nome pomposo atribuído ao Ministério que rege a escola, que associa esta atividade ao mérito, uma farsa cada vez mais evidente.

Escola e território

Mas a escola, enquanto sistema único de formação, tem também uma função de coesão social, sobretudo naqueles espaços onde o mal-estar social é maior. Oferece aos jovens um espaço unitário de formação que, ao afastá-los do domínio absoluto e totalizante das famílias, quando não do seu desinteresse e até abandono, os induz a desenvolver valores e comportamentos num ambiente protegido que os tornem atores sociais, de cidadãos com direitos e deveres de solidariedade, aceitar regras de convivência que permitam o crescimento da consciência de si e dos outros, dos valores da convivência na diversidade.
Por outras palavras, a autonomia diferenciada aumentaria uma diferenciação injusta no acesso aos recursos educativos públicos oferecidos no território nacional que já existe, não só entre Regiões, mas também dentro das mesmas Regiões e cidades: creches, jardins-de-infância, tempo integral na escolaridade obrigatória educação, disponibilidade de ginásios e laboratórios, disponibilidade efetiva de escolha entre vários currículos do ensino médio, que de fato diferem de acordo com o local onde se vive e se cresce. E muitas vezes essas diferenças se sobrepõem às desigualdades sociais e contextuais, ao invés de compensá-las. Prova disso é que, contra uma média nacional de evasão de 12,7%, por exemplo, a Sicília chega a 21,1% e a Apúlia a 17,6%, enquanto na Lombardia a evasão é de 11,3%, próxima à meta europeia de 9% até 2030.
Um dos efeitos desta estratégia que produz um indiscutível empobrecimento na qualidade e quantidade dos serviços oferecidos pela rede pública de ensino é o fortalecimento do papel e da função social das escolas privadas e, em particular, do maior operador privado do setor que é formado por colégios confessionais, mundo de onde vem o atual Ministro da Educação, sendo professor da Universidade Européia de Roma pertencente à Congregação da Santa Cruz.
Olhando para o que está acontecendo em relação à escola, a implementação da autonomia diferenciada representaria o ponto de chegada daquele processo de desmonte da escola pública que teve como defensores a lei Berlinguer de autonomia escolar que deu vida ao sistema integrado público-privado , acentuado e agravado pela reforma almejada por Renzi, autointitulada "boa escola", medidas que, além de constituírem um grave ataque ao sistema público de ensino, têm contribuído para inviabilizar o projeto político do PD que essas escolhas desejavam fortemente , minando, atacando e destruindo sua base eleitoral, formada por trabalhadores escolares.
Talvez seja por isso que Bonaccini, no momento em que se prepara para exercer sua OPA na secretaria do partido, parece ter decidido, ainda que em meio a mil ambiguidades, desistir de assumir a responsabilidade pela escola da região que administra. Não queremos pensar que sua atual escolha seja motivada pela crise política de seu colaborador vereador Bianchi, então ministro do Conte 2, conhecido no noticiário pelo menos regionalmente, por ter motivado a solicitação regional de competências na escola, citando o interesse dos Municípios a exemplo da costa adriática de ter um instituto de formação técnica para salvaguardar o comércio tradicional de mariscos
(moluscos) outrora muito difundido na Riviera!

A real necessidade da reforma

No entanto, a escola precisaria de um plano sério e articulado de intervenções para as diferentes séries. O país padece da ausência crónica de jardins de infância e os investimentos do PNRR não satisfazem absolutamente as necessidades também por incapacidade dos Municípios e Regiões de elaborar os projetos e apresentar os pedidos de financiamento ou motivados pela incerteza na disponibilidade de recursos para gerir as estruturas construídas. A construção de escolas em geral exigiria investimentos em prédios, estruturas, laboratórios, informatização, fortalecimento da rede de bibliotecas.
Deveria ser feita uma intervenção séria na formação e actualização do pessoal cuja remuneração, para as mesmas funções e em termos absolutos, é a mais baixa da Europa. Devem ser previstos concursos periódicos e agendados para o recrutamento de docentes, dando certeza dos tempos de conclusão e da celeridade para o recrutamento e entrada em funções de forma a evitar a escassez de pessoal que pontualmente ressurge a cada início de ano letivo . Os procedimentos de mobilidade e realocação devem ser definidos de forma justa. A atualização do pessoal deve ser assegurada através da concessão de licenças periódicas para treinamento. A redução dos papéis no nível regional anula a mobilidade e a restringe drasticamente.
Em alguns setores, argumenta-se que tudo isso seria melhor alcançado com uma autonomia diferenciada, sem deixar claro que uma formação diferenciada e a formação de 20 sistemas escolares diferenciados também constituiria um prejuízo econômico, restringindo o mercado de trabalho e introduzindo uma rigidez disfuncional na relação entre empregadores e trabalhadores no uso das habilidades necessárias e profissionalismo.
A imagem que emerge deste projecto é a de um recuo definitivo do país, da sua empresarialização que só terá por efeito aumentar a fuga dos jovens. O número dos que emigram para outros países e territórios ascende hoje a cerca de 500.000 jovens por ano, alimentando a crescente falta de mão-de-obra na zona.
É por estas razões que se impõe uma sensibilização para o que está a acontecer e um movimento de luta que tenha como objetivo específico a oposição a uma autonomia diferenciada, tanto na escola como de forma mais geral. Além de contrariar o projeto político da direita, onde o partido majoritário, em nome da unidade da coligação, oferece à Lega o couro cabeludo do sistema escolar e formativo, é preciso construir um movimento político que exija a requalificação da escola hoje sujeita a uma gestão regressiva, também do ponto de vista pedagógico de que um Ministro da Educação é o autor que quer introduzir como elemento educativo a exaltação das diferenças, a humilhação dos alunos, a mortificação do saber, uma visão da cultura cada vez mais provinciana, restrita, elitista, própria da Congregação dos Legionários de Cristo e do seu guru Marcial Maciel Degollado a que pertence

http://www.ucadi.org/2023/02/21/autonomia-differenziata-la-scuola/
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