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(pt) ZACF: texto-anúncio em português da fundação da Federação Anarquista Comunista Zabalaza [África do Sul]

From a-infos-pt@ainfos.ca
Date Fri, 26 Sep 2003 19:13:21 +0200 (CEST)


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A - I N F O S S e r v i ç o de N o t í c i a s
Notícias sobre e de interesse para anarquistas
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de schmidtm-A-sundaytimes.co.za
camaradas,
O movimento anarquista revolucionário da África do Sul tem o prazer de
vos anunciar a fundação de uma federação anarquista regional, que une o
Bikisha Media Collective (BMC), Zabalaza Books (ZB) e Zabalaza Action
Group (ZAG) - que são colectivamente membros da Solidariedade
Internacional Libertária(SIL/ILS) uma rede anarquista - assim como a Cruz
Negra
Anarquista (ABC) e um certo número de militantes anarquistas individuais.
A Zabalaza Anarchist Communist Federation, que irá funcionar sob um pacto
constitutivo provisório do qual reproduzimos abaixo as partes relevantes,
até que um Congresso propriamente tenha lugar antes do fim do ano, tem
presença efectiva e operacional nas cidades e áreas suburbanas de
Joanesburgo, Durban e Cidade do Cabo e envolvimento activo na União de
Movimentos Sociais com 200.000 membros nestes centros urbanos. Iremos
eleger um secretariado internacional e um secretariado regional assim
como um grupo de trabalho para redigir a proposta final de constituição.
A nossa página Internet será em breve actualizada para reflectir a nossa
nova identidade. O ZACF no seu todo será daqui por diante o primeiro, mas
esperamos não o último membro da SIL/ILS na região. Desejamos agradecer
os companheiros da SIL/ILS da AUCA Argentina e da FAG do Brasil em
particular assim como o Workers' Solidarity Movement (WSM) da Irlanda,
pela suas contribuições que nos inspiraram para na nossa orientação
teórica, algumas das quais serão óbvias pela nossa declaração de
Princípios. Gostaríamos que a SIL/ILS actualizasse a sua página com um
link à nossa página, usando o símbolo ZACF símbolo abaixo e traduzir esta
mensagem para os seus restantes membros.

saudações vermelhas e negras
- Michael Schmidt (ZACF, Johannesburg, South Africa)
http://www.zabalaza.net


ZABALAZA ANARCHIST COMMUNIST FEDERATION (ZACF), AFRICA DO SUL:
CONSTITUIÇÃO INTERINA
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Adoptada no acto de criação da ZACF em Joanesburgo, África do Sul, no 1º
de Maio 2003.
O 1º de Maio é marcado pala presença da classe operária, do campesinato e
dos pobres em todo o mundo em honra dos mártires anarquistas de Chicago
de 1886, e neste ano de 2003 assinala-se um século de luta armada
revolucionária anarquista da revolta da Macedónia de 1903, e o 30ésimo
aniversário das greves em Durban em 1973 iniciaram a insurreição popular
que acabou por derrubar o regime do apartheid.
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-

PREÂMBULO:

Por Anarquismo queremos dizer:
"sociedade organizada sem autoridade, significando autoridade o poder de
imposição da vontade pessoal... não apenas a autoridade não é necessária
para a organização social, mas, longe de a beneficiar, parasita-a, cria
obstáculo ao seu desenvolvimento, e usa as suas vantagens para conseguir
privilégios da classe exploradora e opressora das restantes."
- Errico Malatesta, Agitazione 4 de Junho de 1897

E por Comunismo queremos dizer:
"uma sociedade sem dinheiro, sem estado, sem propriedade e sem classes
sociais. As pessoas agrupam-se para levar a cabo um projecto ou para
responderem a uma necessidade da comunidade humana mas sem que exista
possibilidade da sua actividade se transformar em empresa com salário e
troca dos seus produtos. A circulação dos bens não é levada a cabo por
meio da troca: exactamente o oposto, o lema desta sociedade sendo 'de
cada segundo as suas capacidades, para cada um segundo as suas
necessidades'." - John Gray, For Communism (Pelo Comunismo; página
Internet comunista libertária)
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ARTICULADO:
1) NOME: >O nome da federação é ZABALAZA ANARCHIST COMMUNIST
FEDERATION (ZACF), "zabalaza" é um nome indígena que significa "luta" em
Zulu e em Xhosa. O nome abreviado de ZACF é a Federation.

2) PRINCÍPIOS: O ZACF está baseado em princípios anarquistas-comunistas
revolucionários. Isto significa:
a) internamente, democracia directa, delegados revogáveis, com mandato
e rotativos, igualdade real e funcional entre os membros e federalismo
horizontal em todas as suas estruturas;
b) para o exterior, um compromisso com a autogestão operária e a acção
directa, com o anti-capitalismo revolucionário libertário, anti-fascismo,
anti-autoritarismo, anti-sexismo e anti-estatismo. A contribuição da
Federação nos movientnos progressivos e radicais é não-sectária mas
baseada em princípios;
c) globalmente, a ZACF baseia-se na tradição de luta que remonta a 155
anos de anarquismo no seio das massas, desde a Revolta Pan Europeia de
1848 e estendendo-se através de África, América Latina, Ásia e
Australásia, América do Norte e Europa. A Federação situa-se na tradição
internacionalista libertária da Primeira Internacional, no conselhismo
autonomista das Comunas de Paris e Macedónia e dos sovietes russos,
ucranianos e alemães, na tradição do anarco-sindicalismo de massas da
Associação Internacional dos Trabalhadores, assim como na insurreição
armada das Revoluções do México, Rússia, Ucrânia, Manchúria, Espanha e
Cuba. Estas tradições continuam hoje na rede da Solidariedade Libertária
Internacional e nas lutas de massas anti-capitalistas globais com
influência anarquista do novo milénio, cujo fim último é um Revolução
Social Internacionalista;
d) a nível regional, a Federação evoca a tradição sindicalista da
secção da África do Sul da Industrial Workers of the World, fundada em
1910, da Liga Socialista Internacional, fundada em 1915, de Industrial
Workers of África, fundado em 1917, da Liga Socialista Industrial,
fundada em 1918 e de seus sindicatos associados construídos entre 1917 e
1919 por militantes anarquistas de todas as "raças" tais como Thomas
William Thibedi, Reuben Cetiwe, Hamilton Kraai, JD Ngojo, Bernard
Sigamoney, RK Moodley, AZ Berman, Manuel Lopes, Joe Pick, Gordon Lee,
Fred Pienaar, Johnny Gomas e Andrew Dunbar. Esta tradição sindicalista
foi revivida por pessoas como Turner - assassinado por um esquadrão da
morte
estatal clandestino em 1978 - e desempenhou um papel chave em relação à
militância operária durante a expansão do movimento sindical na sua luta
contra o apartheid nos anos 70 e 80. A Federação coloca-se orgulhosamente
a tradição de combate das redes dos trabalhadores de base, dos comités
cívicos, de rua, populares, das frentes populares progressistas e dos
grupos de defesa das comunidades deste período da luta. Mas em vez da
posição autoritária, multi-classista da Revolução Democrática Nacional do
Congresso Nacional Africano e do vanguardista elitista Partido Comunista
da África do Sul, a Federação bate-se por uma Revolução social libertária
ao nível regional e por uma frente das classes oprimidas, unidas para
além das fronteiras regionais, em antecipação da Revolução Social
Internacionalista Finalmente,
e) do ponto de vista operacional a Federação baseia-se no
federalismo, na responsabilidade individual e colectiva, na unidade
táctica e teórica, sendo os princípios de base os da "Plataforma
Organizacional dos
Anarquistas Comunistas" redigida em1927 por Nestor Makhno e outros
guerrilheiros veteranos do Exército Insurgente e Revolucionário da
Ucrânia. Nos termos adoptados pelo movimento Anarquista latino Americano,
a Federação define-se como uma organização anarquista "específica".

4) SÍMBOLO: O símbolo da ZACF é um contorno da África dividido em
diagonal com a bandeira vermelha e negra anarquista, com uma estrela
negra na metade inferior vermelha no local correspondente à África do Sul
e um punho erguido rompendo as suas cadeias, o todo envolvido para
inscrição ZABALAZA ANARCHIST COMMUNIST FEDERATION.




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