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(pt) 20 anos do EZLN, editorial da Revista Rebeldía

From "La Comuna Libertaria" <lacomun@yahoo.com>
Date Sun, 7 Sep 2003 11:02:39 +0200 (CEST)


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A - I N F O S S e r v i ç o de N o t í c i a s
Notícias sobre e de interesse para anarquistas
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[tradução de CMI Brasil]
Editorial
Este 17 de novembro próximo, se comemora 20 anos
completos da existência do Exército Zapatista de
Liberação Nacional. 20 anos de uma luta tenaz que
representa um marco fundamental no processo das
lutas emancipatórias do povo do México e de todo
o mundo.

20 anos semeando uma semente, muitas sementes, e
vendo seu crescimento, para que os seres humanos
possam ser livres de escolher como se comem os frutos
que virão.

20 anos serrando pacientemente as patas da
sela do poder para que quando alguém queira
sentar nela se rompa em mil pedaços.

20 anos metendo o pé no trem do poder, sabendo
que se algo sobram aos zapatistas são pés, para
que todos os que estão de pé possam decidir sobre a
existência e o rumo do trem.

20 anos sem lutar pela chave que abre a porta
do poder, já que têm preferido marcar com um X os
muros mais sólidos da fortaleza do poder,
convencidos de que o melhor não é desalojar aos que
ali estão, senão romper as paredes do labirinto da
história e fazer outro mundo sem portas, nem chaves.

20 anos sem angustiar-se pelas pesquisas que dizem
que um caminho é melhor que outro, já que tem preferido
construir um novo caminho.

20 anos desenhando um graffiti, em todos os muros
dos palácios, que diga NÃO ao tempo e ao espaço
dos palácios, que diga NÃO ao tempo e ao espaço do
poder, buscando que não haja acima nem abaixo, nem um
lado nem o outro.

20 anos não permitindo que lhes convertam em dogma,
linha política ou vanguarda; semeando aos pássaros que
o que lhes sai melhor é cagar-se nas estátuas do
poder ou nos projetos de estátuas dos que
ainda não têm o poder, mas suspiram e aspiram ao
mesmo.

Ainda que para alguns isto não lhes pareça muito, mas o que
é para nós, esto é um chingo.

E, por isso, nos propomos festejar estes 20 anos. E
como estamos convencidos de que a rebeldia é um
carnaval, um estado de ânimo, uma festa dos
sentidos, queremos organizar uma série de eventos,
para compartir com todos aqueles que também
considerem isto como algo digno de celebrar-se.

Desde logo, o que nós podemos fazer é celebrar
estes 20 anos, partindo dos 10 anos da
insurreição, que será em 1 de janeiro de 2004.

Por isso anunciamos que a revista Rebeldía promoverá
uma série de iniciativas, aqui somente anunciaremos
algumas delas, assinalando explícitamente que muitas
delas se levarão à cabo em associação com muita
gente, organizações, coletivos, indivíduos, etcétera...

Vamos publicar um longo texto (em quatro partes,
neste número sai o primeiro) sobre os 10 anos
públicos do EZLN, com este texto se cria uma nova
seção de nossa revista “EZLN: Caminhar
perguntando”, que buscará reconstruir não só a
história do zapatismo senão também sua prática, ou
dizer sua metateoría.

Elaboraremos um vídeo sobre os 10 años do EZLN que
recorda muito do que tem feito e possa ser conhecido
por todos os rincões de nossa pátria.

Faremos um programa de rádio com o mesmo tema para
que possa ser trasmitido pelos que se interessem em
que se conheça esta pequena-grande história.

Uma exposição fotográfica que recolha a impressionante
mostra gráfica que sobre o zapatismo existe, para
que seja conhecida em todo nosso país e eventualmente
em todo o mundo.

Um concerto musical que permita ter uma pequena
prova do mel de tudo o que o zapatismo
tem provocado no terreno da música.

Um ciclo de vídeos para que se possa apreciar a
riqueza que o zapatismo têm provocado entre os
cineastas.

Um ciclo de conferências para que a gente que nasceu ou
renasceu politicamente com o zapatismo possa contar-nos
suas experiências, partindo do velho e recomendável
princípio de que a história se conta como se há
vivido e como se recorda e não tal e como nos dizem
que foi.

Um grande baile no qual o contato físico de
homens com mulheres, homens com homens, mulheres com
mulheres, cantemos, saltemos, nos movamos ao ritmo do
macaco colorido, pintando-lhe um caracol ao poder e
mostrando-lhe que somos invencíveis, que mais além de
sua podridão somos uns otimistas irremediáveis.

Concluindo, nos próximos meses estaremos de
festa e convidamos a todos nossos leitores a que se
somem a esta grande festa da palavra, da vista, do
ouvido, do tato e do odor. Tudo para celebrar a
existência daqueles que disseram: “Um espelho somos
(…) não o caminho, senão apenas uns passos (…) Não somos
quem aspiram a fazer-se do poder (…) não somos a
moda passageira (…) não somos o arrependido de amanhã
(…) rebeldes somos (…) rebeldes seremos”. La revista
Rebeldía que aspira ser parte deste espelho os
convida a todos e a todas a festa zapatista. Há
muito que celebrar.

Asim pois, no próximo número da revista daremos a
conhecer o calendário de atividades. Não as percam!

www.revistarebeldia.org

[da lista anarqlat]





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