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{Info on A-Infos}
(pt) Itália: declaração da FdCA sobre o referendo (it, en)
From
Federazione dei Comunisti Anarchici <internazionale@fdca.it>
Date
Fri, 20 Jun 2003 13:00:46 +0200 (CEST)
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A - I N F O S S e r v i ç o de N o t í c i a s
http://www.ainfos.ca/
http://ainfos.ca/index24.html
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A luta de classes não é uma marcha triunfal. A história da
emancipação dos explorados está pejada da avanços e recuos.
nós somos materialistas e embora guiados pelo optimismo
genético dos revolucionários, estamos plenamente conscientes
que as lutes em que intervimos através de movimentos
e sindicatos podem ser bem sucedidas ou podem ficar bloqueadas
por uma razão ou por outra. Quanto mais tais lutas se destinem
a criar espaços democráticos para aumentar os salários para todos,
para alagarem os direitos sociais e laborais a maios vastos sectores
da classe trabalhadora (em especial nestes dias de crescente
insegurança no emprego e no salário), mais dura a resposta dos
capitalistas em ordem a defenderem os seus interesses de classe.
É com este conhecimento que os anarco-comunistas trabalharam
para um resultado positivo no referendo para alargamento do
Artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores [1]. Foi uma batalha que
deveria trazer a maior energia para realizar mudanças que um
referendo permite em ordem a ultrapassar o parlamento e conseguir-se
que mais de 6 milhões de trabalhadores também beneficiem da
protecção oferecida pelo Artigo 18. Isto teria criado uma série de
problemas para o Pacto pela Itália [2] e para os seus planos de suspender
a protecção do Art.18 para as companhias que no futuro ultrapassem o
limite de 15 empregados.
Infelizmente a FdCA foi a única federação anarquista a declarar o
seu claro apoio para esta batalha e a juntar-se aos comités “Vote Sim”.
outras áreas do anarquismo ficaram reféns do abstencionismo ideológico
em companhia embaraçosa, e foram reduzidas a uma forma confusa
de política que as colocaram ao mesmo nível que a Confindustria [3]
e o governo.
A resposta dada pelos últimos assim como por uma larga parte da
coligação da Oliveira [4] foi brutal: a chantagem com os empregados
das pequenas companhias, avisos solenes de crise de emprego, o
agitar do papão do abstencionismo, desinformação pelos media
etc.. Eles não ganharam, mas impediram os votantes no SIM de
ganharem. E a parada era elevada. Visto eles não se poderem
limitar-se a eles próprios com um voto NÃO eles visaram a que
o quorum [5] não fosse alcançado, assim travando o avanço de
sindicatos em pequenas companhias e declinando no parlamento
e somente neste o poder sobre a regulamentação do trabalho.
Eles não venceram mas conseguiram bloquear a mudança
Nas relações de poder, que lhes são favoráveis de momento.
E se nós pensámos que 3 milhões de pessoas nas ruas de Roma
a 23 de Março de 2002 foi uma enorme demonstração de oposição
social ao governo e um desafio ao centro esquerda, o que devemos
pensar de cerca de 11 milhões que votaram SIM?
Serão eles apenas vítimas da pérfida querela política com cerca de
um ano entre Bertinotti e Cofferati? [6] São eles apenas vítimas do
Estado e do mecanismo institucional do referendo? Ou são eles a
demonstração da existência hoje de vastos sectores da população
que têm vontade de mostrar a sua oposição à política do governo
e que estão prontos a ultrapassar as ambiguidades de certos sindicatos
e de certo centro esquerda? E serão esses mesmos 11 milhões de pessoas
expressão do desespero ou um signo de que há uma vasta consciência
da luta presente?
Agora que o referendo foi realizado voltamos ao ponto em que estávamos
a 23 de Março de 2002: a proposta de lei No.848bis para modificar o
Artigo 18 permanece aí, à espera de ser aprovada pelo parlamento.
Mas agora sabemos, passado um ano, de que somos mais 8 milhões.
no nos deixaram ganhar mas estamos seguros de que o nosso trabalho
ns sindicatos e nas comunidades continuará em ordem a promover a
oosição social a autogestão das lutes e o desejo por uma aliternativa…
uma alternativa libertária.
FEDERAZIONE dei COMUNISTI ANARCHICI
Secretariado Nacional
fdca@fdca.it
http://www.fdca.it
para contactos internacionais: internazionale@fdca.it
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Notas do tradutor.
[1] O Artigo 18 fornece protecção de despedimento sem justa causa
para trabalhadores de companhias com mais de 15 empregados e a sua
ausência para companhias mais pequenas é uma das razões principais
da fraca sindicalização nestas. As grandes empresas estão hoje em
dia a dividir-se em mais pequenas, ou a “exportar” trabalho para
subsidiárias por forma a evitarem o Art.18
[2] "Patto per Italia". Um acordo de "parceria" para a cooperação
entre o governo e as confederações reformistas.
[3] Federação dos Industriais de Itália.
[4] Principal coalizão de partidos de centro-esquerda.
[5] Os referendos em Itália requerem uma participação de 50%
mais um de todos os inscritos, para serem considerados válidos.
[6] Fausto Bertinotti, líder máximo de Rifondazione Comunista;
Sergio Cofferati, ex-líder máximo da CGIL e uma grande esperança
para os do partido Democrata de Esquerda (DS).
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