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(pt) [Lisboa] Debates: Educação para a Liberdade

From a-infos-pt@ainfos.ca
Date Tue, 3 Jun 2003 20:28:44 +0200 (CEST)


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A - I N F O S S e r v i ç o de N o t í c i a s
http://www.ainfos.ca/
http://ainfos.ca/index24.html
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Título: Escolinhas do Além.
Subtítulo: Educação para a Liberdade.
Local: Auditório da Livraria Ler Devagar, Rua de São Boaventura, 115,
Bairro Alto.
Hora de ínicio: 21h.
Hora de fecho da Livraria: 24h.

Dia 9 de Junho – Projectos pedagógicos alternativos
·Movimento da Escola Moderna – Prof. do 2º ciclo de escolaridade*;
·Escola Nº1 da Ponte, Vila das Aves – José Pacheco, Prof. fundador;
·Pedagogia Waldorf – Ana Abreu, Jardim de Infância São Jorge,
Alfragide;
·Escola Oficina Nº1 de Lisboa, 1905-1930 – António Candeias, Prof.
FCSH, UNL

Dia 10 de Junho – Educação para a Liberdade
·Leonor Malik – Coord. do Projecto “Aprender a Aprender”;
Investigadora em Pedagogia Waldorf.
·José Maria Carvalho Ferreira - Libertário; Prof. no ISEG, UTL
·José Pacheco - Professor fundador da Escola da Ponte
·Sérgio Niza – membro do Movimento Escola Moderna, Prof. no ISPA

Queremos nestes dois dias debater Em liberdade a educação Para e Em
liberdade. É isto. Como dizia o outro, os nossos meios deverão ser já
os nossos fins. O nosso Em deve conter nas entrelinhas e nas linhas o
nosso Para. É isto também.

Passados os motes, o que queremos dizer é que nos parece
inconsistente definir uma educação nos nossos dias, tanto ao nível
teórico como prático sem que esta possua um qualquer horizonte
utópico. Achamos que um projecto educativo deverá ser antes de mais,
um projecto total de transformação das comunidades humanas, não
restringido somente à escola, enquanto compartimento estanque. Mas
parece-nos igualmente inconsistente, a teorização de uma utopia
pedagógica, sem que ocorra a reflexão sobre a sua praxis no presente
e no imediato. A transformação terá de ser uma forma de estar e
fazer, ou caso contrário não será transformação.

É colocando a velha questão da reforma profunda do mundo, através dos
dois extremos referidos atrás, que procuramos formar uma opinião, com
a ambição da lucidez e procurando não deixar escapar a ingenuidade.
Pretendemos portanto, que os dois dias de debate e as suas temáticas
reflictam esta perspectiva, ou melhor, reflictam sobre esta
perspectiva.

No dia 9, 2ª-feira, partiremos do Em Liberdade, para perceber como se
pode chegar ao Para a Liberdade. Vamos dar a conhecer escolas que
apresentam projectos pedagógicos, que se desenvolvem na marginalidade
do paradigma dominante. Vamos poder perceber o que estes projectos
possuem em comum, as suas especificidades, bem como o que possuem de
profundamente diferente da escola convencional. Vamos poder fazer
todas as perguntas, desde se o papel higiénico é papel reciclado, até
qual o nível de coação que usam nas suas práticas.

Dia 10, embevecidos com as Escolinhas do Além e as suas práticas,
faremos o caminho inverso ao do dia anterior: da teoria, das questões
fundamentais tentaremos chegar a concretizações, a práticas
educativas, a formas de fazer. Deste debate, pretende-se uma reflexão
mais globalizante sobre a educação e a pedagogia, tentando fugir da
discussão centrada apenas no aspecto formal daquelas: a escola.
O que é a educação? Para que serve a escola? É necessária a escola? O
que é um espaço de aprendizagem utópico? Vamos andar pelas teorias,
pelas correntes, pela crítica radical.

Não menos relevante é forma e o ambiente em que se desenrolarão os
debates. Embora já adultos e demasiadamente mal educados, gostaríamos
que os dois momentos de discussão, pudessem constituir-se também,
como espaços de liberdade. Isto é, representassem já a crítica e as
alternativas que se propõe. Para isso há coisas simples que são
fundamentais: ouvir o outro, ser frontal, pertinente e acima de tudo
não ser chato. Sem formalismo excessivos, sem especialistas ou
leigos, com conhecimento que passa de uns para os outros sem custos
adicionais. Os participantes serão todas as pessoas que estiverem no
interior daquela pequena sala. Os oradores, são também participantes,
que à partida têm coisas para contar.

A nossa proposta de funcionamento do ciclo é que os oradores tenham
15 minutos iniciais para dizerem de sua justiça, totalizando
aproximadamente 1 hora de intervenções. Inicia-se de seguida o
debate, que pretende-se, precise pouco do auxílio do moderador. No
dia 9, espera-se que as comunicações apresentem os vectores
principais dos projectos pedagógicos. No dia seguinte, o objectivo
principal é obter uma compreensão das várias teorias sobre educação:
a Escola Moderna; a Pedagogia Libertária; a Pedagogia Waldorf e a
Escola da Ponte. Neste âmbito, lançamos já algumas perguntas que nos
foram surgindo:

- Que valor têm estas experiências, estas escolas, que procuram
transmitir valores de liberdade, de cooperação, de autonomia, quando
no final desses anos as crianças terão a inevitável integração no
ensino convencional e na sociedade? Com que dificuldade se processa a
integração? Com que facilidade se perdem as ideias e práticas de
autonomia e cooperação?

- Reconhecem-se vectores comuns nestas várias correntes pedagógicas?
Quais?

- Concebe-se a existência de uma educação neutra, não ideológica?
Neste âmbito, será a escola convencional doutrinária deste modo de
vida? Por outro lado, as alternativas que se defendem são
necessariamente também ideológicas, promotoras de outro modo de vida?

- Nas escolas de hoje, que componentes são opções paradigmáticas do
poder, de modo a satisfazerem necessidades deste modelo societal e
que componentes são apenas fruto do evoluir caótico da nossa cultura,
o capitalismo.

- O que é educar em liberdade? Como se quantifica e qualifica essa
liberdade? Há níveis de coação aceitáveis?

Para terminar ficam aqui os nossos contactos, para propostas ou
dúvidas que surjam.

Abraços, beijinhos e até breve.

Ana, Artur e Miguel


Ana Vieira da Silva, l46722@alfa.ist.utl.pt
Artur Palha, apalha@netcabo.pt, 918173496
Miguel Carmo, migcarmo@aeiou.pt, 914876190







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