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(pt) 2º Encontro da AGP em Porto Alegre

From worker-a-infos-pt@ainfos.ca (Flow System)
Date Wed, 29 Jan 2003 08:36:51 -0500 (EST)
Form Worker <a-infos-pt@ainfos.ca>


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Por Felipe Corrêa
O segundo encontro dos grupos e indivíduos inspirados pelos
princípios da Ação Global dos Povos aconteceu dia 27/01/2003 às
18h30 no DCE da UFRGS em Porto Alegre. Muitos grupos que
estiveram presentes na Conferência da AGP que aconteceu dentro
do evento "Vida após o Capitalismo", voltaram a se encontrar e
trocaram experiências, além de ter encaminhado algumas
propostas.

Alguns assuntos deveriam ser discutidos como:
*Campanha contra a ALCA nos países da América Latina
*Ações programadas para o encontro da OMC em Cancun
*Reunião latina da AGP
*Tentativa da programação de uma ação para comemoração dos 10
anos do levante zapatista.

Dessa vez os grupos, que já se conheciam um pouco, puderam
apresentar para os outros, qual era a conjuntura de seus países
e dar diversos exemplos de como uma resistência mundial poderia
continuar sendo feita.

Nas discussões sobre as campanhas contra a ALCA, o grupo de São
Paulo, Ação Local por Justiça Global, apresentou seus projetos,
explicando como foi desenvolvida a campanha contra a ALCA pelo
grupo, principalmente em 2002, ano em que houve uma produção de
material e de promoção de debates em escolas e centros
comunitários bastante intensas. Desde meados de 2000, o grupo,
juntamente com outros grupos de São Paulo, já estava envolvido
com a campanha contra a ALCA e o ato de 20 de Abril de 2001,
conhecido como A20, acabou tendo uma grande repercussão por
razão da repressão que aconteceu. Explicaram também a diferença
de concepção do porquê ser contra a ALCA dos partidos políticos
e dos grupos autônomos - que rechaçam altamente o nacionalismo e
a soberania que estão por trás dos discursos partidários.

Um ativista do Uruguai que trabalha com o Centro de Mídia
Independente, deu uma passada pela conjuntura do país e como
estavam acontecendo os protestos por lá. Disse que aconteceu
somente uma manifestação contra a ALCA no país. As ações mais
radicais do país têm ficado por conta dos grupos como os "Amigos
de la Tierra" e dos ecologistas em geral. O tema ALCA, não sabe
porque, não toca fortemente os grupos do país.

As atividades na Argentina foram descritas por um ex integrante
do extinto grupo "Primavera de Praga" que agora faz parte do
Intergaláctica. Ele relatou que as repercussões de Seattle foram
muito grandes no país e que desde então, os grupos vêm se
interessando pelo trabalho com ações mais radicais como os
bloqueios por exemplo. Na mesma época, fruto dessa ascensão do
movimento, surgem grupos de ações radicais, e o Centro de Mídia
Independente da Argentina. Alguns grupos menos radicais como a
ATTAC, o Jubileu 2000, o Autoconvocatória contra al ALCA e
algumas ONG´s também se envolveram na campanha da ALCA, mas
muitas com os mesmos problemas descritos pelo grupo do Brasil,
dando um caráter bastante nacionalista à sua crítica. Atualmente
o MTD (Movimiento de los Trabajadores Desocupados) tem tentado
desenvolver outras atividades na campanha contra a ALCA.

Sobre o Equador, falou uma integrante dos grupos Confederación
Nacional Campesina e da Confederación Indígena Del Ecuador.
Explicou que possivelmente fariam uma ação simbólica no dia
17/04 que é o dia dos camponeses e comentou sobre a reunião da
AGP Latina que estava sendo articulada pelos grupos do Panamá.
O índio que pertencia ao Movimiento Indígena de Panamá (Kuna),
disse estarem organizando o encontro latino e que enviariam o
chamado antes de Junho, convocando para uma reunião. Ele
reforçou ainda a importância de se atentar para o Plano
Puebla-Panamá, para o Plano Colômbia e outras tentativas de
intervenção na América Latina.

Tratou-se também da relação dos grupos autônomos com os
partidos, quando estão dentro das mesmas campanhas e como fazer
para conseguir defender os mesmos objetivos sem ser cooptado ou
se perder dentro dos partidos. Cada país deu exemplo de como se
relacionam com os partidos políticos e as alternativas para
negociar, quando as campanhas forem são comuns.

Uma questão muito importante abordada na reunião, foi a forma
dos dias de ação global e sua efetividade. Foi consenso que as
manifestações dos dias de ação global, nos moldes que têm sido
feitas, perderam grande parte de sua força e de seu poder de
pressão, por isso a importância de se pensar em alternativas de
luta mais efetivas e radicais. Levantou-se a dificuldade que as
pessoas têm de se articular e passar a contribuir de forma mais
significativa com as atividades da coalizão, pensou-se em
alternativas e como fazer com que as pessoas constituíssem
grupos e realmente se envolvessem mais. Foi também consenso que
os dias de ação global, são muito mais uma forma de trazer uma
questão à tona, para que ela tenha atenção e possa ser
discutida, do que para seu combate. A idéia é que as
manifestações possam "apresentar" algumas questões às pessoas e
que os grupos tenham uma atuação social para que o assunto possa
ser aprofundado e discutido nas comunidades.

Levantou-se a possibilidade de tentar se fazer uma ação com
antecedência para a comemoração dos 10 anos do levante
zapatista. Como uma grande parte do movimento considera o
levante zapatista o início do movimento de resistência global,
tavez houvesse bastante facilidade de agregar mais gente, já que
é uma causa com bastante simpatia das pessoas. Houve também uma
sugestão de se trabalhar com a questão da Guerra EUA x Iraque.

A Coordinadora Nacional de Viudas de Guatemala (CONAVIGUA) da
Guatemala citou que estão também na luta e dando enfoque
principamente no trabalho com a terra e na integração com o meio
ambiente.

Um exemplo muito efetivo de luta, foi dado pelos companheiros do
Equador, que tiveram uma ótima efetividade com a realização de
uma caravana. Explicaram como se realizou a caravana: algumas
pessoas, trabalhando voluntariamente, viajaram para fazer
contato com as comunidades mais distantes e com o intuito de
levar informação sobre o que estava se discutindo (ALCA). Foi
uma equipe com algumas pessoas (umas 5 ou 6) e faziam discussões
com 50 pessoas em cada local, deixando material e conhecimento
para que essas pessoas pudessem multilicar o que haviam
aprendido.

Uma outra forma de trazer pessoas para as manifestações e fazer
com que se envolvam numa militância mais radical é através das
pelestras / debates / seminários que pode-se realizar em
escolas, grupos e comunidades da periferia e outros locais que
os grupos acharem importante.

Ficou pendente para que realizemos os encotros locais e
nacionais para discutir o encontro da OMC em Cancún que vai
acontecer de 10 à 13 de Setembro, a campanha da ALCA que deve
continuar com uma radicalização das ações, e a comemoração do
levante zapatista (as pessoas que estão envlvidas com essa ação,
comunicarão conforme forem se desenrolando os processos do
encontro e seria bom que se pensasse em algo para a data
sugerida (Dez de 2003).

Estiveram presentes também outros grupos na reunião -ARS26 e o
Espaço Socialista de São Paulo e do grupo Buko da Alemanha. Pude
relatar apenas os que tive algum contato ou que falara na
reunião. Certamente haviam outros que não estão citados aqui.

Vamos ver se combinamos os próximos encontros com mais
antecedência...

Seguimos resistindo...


 URL:: http://www.agp.org





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