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(pt) Brasil: boletim anarquista on line (02)
From
causadopovo <causadopovo@hotmail.com>
Date
Tue, 11 Feb 2003 15:37:28 -0500 (EST)
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A - I N F O S S e r v i ç o de N o t í c i a s
http://www.ainfos.ca/
http://ainfos.ca/index24.html
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O Monopólio da Representação e a Estratégia da Tensão
A "tortada" desferida pelo grupo "Confeiteiros Sem Fronteiras" no
presidente nacional do PT, José Genuíno, abriu alguns debates em
torno de questões como "democracia, anarquismo (Genuíno taxou a
ação como demonstração de anarquia) e autoritarismo". Entremos,
então, enquanto anarquistas, na discussão.
Elio Gaspari, publicou em sua coluna no jornal O Globo em 28/05/2000 um
texto com o título: "Bala em Lavrador é Alerta. Ovo em ministro é
caos". O argumento era basicamente o seguinte: as autoridades estavam
aterrorizadas com o fato de um estudante (pt'ista de carteirinha,
segundo Gaspari) jogar um ovo num ministro, mas a PM paranaense matar um
sem-terra era apenas um alerta. Gaspari pergunta: "Admita-se que o
certo seja mandar para o Carandiru todos aqueles que ofendem as
autoridades, desrespeitam a tropa de choque e gritam palavrões para
FFHH. Nesse caso se consegue manter a ordem. Que ordem? Pode-se serrar
miseráveis no Acre, mas não se pode amassar um ovo num ministro."
O autor atacou o centro do debate com muita propriedade. Nestes
últimos dias de janeiro um menino de rua foi assassinado em pleno
centro do RJ por um PM. Mas debates giram em torno da tortada na cara da
= excelent=EDssima autoridade Jos=E9 Genu=EDno. Foi a tortada um ato de
autoritarismo? =C9, este argumento =E9 t=E3o ris=EDvel que nem merece
coment=E1rios. =C9 uma amea=E7a a democracia? S=F3 um lun=E1tico pode
acreditar nisso. Uma ajuda =E0 extrema direita? Lembremos que os =
m=E9todos da extrema-direita s=E3o bem menos "engra=E7adinhos". Dois =
prefeitos do PT foram assassinados no Estado de S=E3o Paulo e em nenhum =
momento se viu tantas "ptessoas" gritando que a democracia estava =
amea=E7ada. Os crimes at=E9 hoje est=E3o muito mal esclarecidos (ou =
seria bem encobertos?). Lembremos que a extrema direita que no discurso =
de certas ptessoas parece o bicho-pap=E3o, invocada quando se quer =
assustar criancinhas, tem nome e endere=E7o: s=E3o militares, membros da
= FIESP, da CNA, organismos que est=E3o (muito bem obrigado) sentados nas
= cadeiras do "pacto social e do governo do PT". Nenhum destes =F3rg=E3os
= freq=FCentam grupos anarquistas, e se freq=FCentassem, pelo menos os =
nossos, eles seriam atingidos na cara, mas n=E3o por bolo...=20
Gaspari disse em 2000 que FHC estava jogando numa estrat=E9gia de =
tens=E3o. Era preciso criar uma situa=E7=E3o de tens=E3o m=E1xima em =
rela=E7=E3o =E0s oposi=E7=F5es para parecer que todos seus atos poderiam
= provocar um apocalipse, e assim fazer com que a popula=E7=E3o tivesse =
"medinho" dela. =C9 a postura dos mais reacion=E1rios defensores da =
ordem, que sempre t=EAm a palavra democracia =E0 boca (Bush tamb=E9m =
tem, n=E3o tem?). Da=ED a C=E9sar o que =E9 de C=E9sar. O PT tamb=E9m =
est=E1 come=E7ando a jogar na tens=E3o. Os alvos agora ser=E3o os grupos
= de esquerda cr=EDticos do seu governo.
Concorde-se ou n=E3o com a tortada, o fato =E9 que foi um ato de =
protesto. Poucos discutem o documento e motiva=E7=F5es do grupo: a =
cr=EDtica a pretens=E3o do PT de ter o monop=F3lio da representa=E7=E3o =
dos movimentos sociais no F=F3rum Econ=F4mico em Davos. Neste sentido, =
Genu=EDno tem um pouco de raz=E3o em dizer que a tortada foi uma =
manifesta=E7=E3o de anarquia. Foi uma cr=EDtica da falsa =
representatividade, do poder institu=EDdo, e uma a=E7=E3o direta, =
concordemos com ela ou n=E3o. Mas os pt'istas est=E3o mais preocupados =
com a integridade do terno de Genu=EDno. Sujar o terno de uma autoridade
= =E9 uma verdadeira amea=E7a a democracia, burguesa, uma vez que o terno
= =E9 um s=EDmbolo da autoridade burocr=E1tica e de classe. "Que morram =
todos os meninos de rua, mas n=E3o sujem nossos ternos!!!", afinal em =
pol=EDtica se pode tudo, menos balan=E7ar o coreto das autoridades. =C9 =
PT, quem te viu e quem te v=EA.=20
Lutando nas Ruas: camel=F4s e controle social na Cidade Maravilhosa
Desde o m=EAs de outubro de 2002 a pol=EDtica nazista do prefeito =
C=E9sar Maia tem ganhado contornos mais n=EDtidos, com a intensiva e =
constante repress=E3o movida pela Guarda Municipal (GM) e tamb=E9m pela =
Pol=EDcia Militar (PM). Os conflitos se intensificaram dia ap=F3s dia, =
at=E9 ganharem contornos dram=E1ticos nos meses de novembro-dezembro de =
2002, com guardas municipais sacando armas, agredindo camel=F4s e =
recebendo em troca disparos de roj=E3o e ataques rel=E2mpagos a pedradas
= de pequenos grupos de ambulantes. Os atritos iniciais entre PM e GM =
foram resolvidos pela interven=E7=E3o de c=FApula dos poderes p=FAblicos
= estaduais e municipais, com o apoio expl=EDcito da ent=E3o governadora
= Benedita a C=E9sar Maia. Logo PM e GM pararam de trocar tapas para =
reprimirem unificadamente os camel=F4s.=20
Uma radiografia da repress=E3o mostra que ela =E9 movida contra os =
chamados "camel=F4s ilegais ou irregulares", aqueles que trabalharam =
fora das =E1reas permitidas pela prefeitura. O discurso legitimador =E9 =
o j=E1 tradicional no RJ: o da criminaliza=E7=E3o. Os camel=F4s s=E3o =
acusados de liga=E7=E3o com o tr=E1fico, com a m=E1fia e o contrabando. =
No entanto, os camel=F4s reprimidos s=E3o realmente "ambulantes" =
(sen=E3o n=E3o poderiam fugir), os que t=EAm uma banquinha m=F3vel e =
normalmente vendem produtos aliment=EDcios e nacionais (barbeadores, =
guaran=E1, pilhas) de pouco valor, ao contr=E1rio das sofisticadas =
barracas das =E1reas legalizadas (como o camel=F3dromo) que trabalham =
com importados e n=E3o emitem nota fiscal. Ou seja, o problema n=E3o =E9
= exatamente de "legalidade".
A quest=E3o =E9 que a boa parte dos ambulantes reprimidos representa uma
= massa fora de controle, desempregados, idosos, jovens insatisfeitos, =
muitas vezes negros, moradores de periferia que ousaram enfrentar a =
repress=E3o e foram mais reprimidos ainda pela ousadia do enfrentamento.
= Economicamente falando, talvez n=E3o seja nada permitir ou proibir os =
camel=F4s de ficarem ali, mas politicamente, hoje, sua perman=EAncia =
pode ser um mau exemplo para a plebe urbana do RJ, que transita sempre =
sob os olhares atentos da repress=E3o. =20
Estado e imprensa, Direita (C=E9sar Maia) e Reformistas (PT da Benedita)
= todos cerraram fileiras contra os camel=F4s e a favor da "ordem
urbana". = Os trabalhadores ambulantes v=EAm sozinhos movendo uma luta
cotidiana e = desigual contra a repress=E3o policial-militar, a
difama=E7=E3o movida = pelos =F3rg=E3os de imprensa e as autoridades
p=FAblicas.=20
=C9 importante que os revolucion=E1rios cumpram seu papel junto =E0s =
lutas da popula=E7=E3o, e esta com certeza =E9 uma delas, seja atrav=E9s
= da organiza=E7=E3o e interven=E7=E3o junto aos conflitos, seja com uma
= pol=EDtica de esclarecimento e combate =E0s mentiras divulgadas pelo =
Estado e pelos jornais burgueses.=20
Foi neste sentido que a Resist=EAncia Popular (RP) no m=EAs de dezembro =
fez duas panfletagens em apoio dos camel=F4s. Os militantes quando =
entregavam os panfletos e diziam as palavras de ordem: "Fora C=E9sar =
Maia - Liberdade para o Camel=F4", eram saudados entusiasticamente pela =
popula=E7=E3o. Muitos ambulantes disseram: "At=E9 que enfim algu=E9m =
lembrou da gente". Muitos tomaram os panfletos e os distribu=EDram =
tamb=E9m. No dia 18/12 a RP e a FER (Frente Estudantil Revolucion=E1ria)
= fizeram um ato conjunto em apoio aos camel=F4s, fazendo com=EDcios =
rel=E2mpagos e panfletagem, apoiados por faixas e bandeiras. A simpatia =
dos camel=F4s que ainda estavam nas ruas (muitos foram afastados pela =
repress=E3o) foi n=EDtida, v=E1rios acenavam e cantavam palavras de =
ordem junto com a coluna de manifestantes que se deslocava pelas ruas do
= centro.=20
Conflitos deste género tendem a se intensificar, uma vez que o sistema
opta por reprimir ao invés de tolerar (não dizemos nem integrar) as
massas pobres urbanas. E eles irão deixar cada vez mais claro o
oportunismo e os limites da política reformista, e como somente os
revolucionários ir=E3o se posicionar do lado das lutas da massa pobre
e oprimida.
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<DIV align=left><FONT size=2><STRONG><FONT face=Arial
size=3>O Monopólio da Representação e a Estratégia da
Tensão</FONT></STRONG></DIV>
<DIV style="TEXT-ALIGN: justify" align=left><SPAN class=article><SPAN
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<DIV class=MsoNormal><FONT size=2>A “tortada” desferida
pelo grupo “Confeiteiros Sem Fronteiras” no presidente
nacional do PT, José Genuíno, abriu alguns debates em torno de questões
como “democracia, anarquismo (Genuíno taxou a ação como
demonstração de anarquia) e autoritarismo”. Entremos, então,
enquanto anarquistas, na discussão.</FONT></DIV>
<DIV class=MsoNormal><SPAN class=article><SPAN
style="mso-bidi-font-size: 10.0pt"><FONT size=2>Elio Gaspari, publicou em
sua coluna no jornal O Globo em 28/05/2000 um texto com o título:
<B>“Bala em Lavrador é Alerta. Ovo em ministro é caos”.</B>
O argumento era basicamente o seguinte: as autoridades estavam
aterrorizadas com o fato de um estudante (pt’ista de carteirinha,
segundo Gaspari) jogar um ovo num ministro, mas a PM paranaense matar um
sem-terra era apenas um alerta. Gaspari pergunta: <I>“Admita-se
que o certo seja mandar para o Carandiru todos aqueles que ofendem as
autoridades, desrespeitam a tropa de choque e gritam palavrões para FFHH.
Nesse caso se consegue manter a ordem. Que ordem? Pode-se serrar
miseráveis no Acre, mas não se pode amassar um ovo num
ministro.”</I><o:p></o:p></FONT></SPAN></SPAN></DIV>
<DIV class=MsoNormal><SPAN class=article><SPAN
style="mso-bidi-font-size: 10.0pt"><FONT size=2>O autor atacou o centro
do debate com muita propriedade. Nestes últimos dias de janeiro um
menino de rua foi assassinado em pleno centro do RJ por um PM. Mas
debates giram em torno da tortada na cara da excelentíssima autoridade
José Genuíno. Foi a tortada um ato de autoritarismo? É, este argumento é
tão risível que nem merece comentários. É uma ameaça a democracia? Só um
lunático pode acreditar nisso. Uma ajuda à extrema direita? Lembremos
que os métodos da extrema-direita são bem menos
“engraçadinhos”. Dois prefeitos do PT foram assassinados no
Estado de São Paulo e em nenhum momento se viu tantas
“ptessoas” gritando que a democracia estava ameaçada. Os
crimes até hoje estão muito mal esclarecidos (ou seria bem encobertos?).
Lembremos que a extrema direita que no discurso de certas ptessoas
parece o bicho-papão, invocada quando se quer assustar criancinhas, tem
nome e endereço: são militares, membros da FIESP, da CNA, organismos que
estão (muito bem obrigado) sentados nas cadeiras do “pacto social
e do governo do PT”. Nenhum destes órgãos freqüentam grupos
anarquistas, e se freqüentassem, pelo menos os nossos, eles seriam
atingidos na cara, mas não por bolo...</FONT>
<o:p></o:p></SPAN></SPAN></DIV>
<DIV class=MsoNormal><SPAN class=article><SPAN
style="mso-bidi-font-size: 10.0pt"><FONT size=2>Gaspari disse em 2000 que
FHC estava jogando numa estratégia de tensão. Era preciso criar uma
situação de tensão máxima em relação às oposições para parecer que todos
seus atos poderiam provocar um apocalipse, e assim fazer com que a
população tivesse “medinho” dela. É a postura dos mais
reacionários defensores da ordem, que sempre têm a palavra democracia à
boca (Bush também tem, não tem?). Daí a César o que é de César. O PT
também está começando a jogar na tensão. Os alvos agora serão os grupos
de esquerda críticos do seu
governo.<o:p></o:p></FONT></SPAN></SPAN></DIV>
<DIV class=MsoBodyText style="TEXT-ALIGN: left" align=left><SPAN
class=article><FONT size=2>Concorde-se ou não com a tortada, o fato é que
foi um ato de protesto. Poucos discutem o documento e motivações do
grupo: a crítica a pretensão do PT de ter o monopólio da representação
dos movimentos sociais no Fórum Econômico em Davos. Neste sentido,
Genuíno tem um pouco de razão em dizer que a tortada foi uma
manifestação de anarquia. Foi uma crítica da falsa representatividade,
do poder instituído, e uma ação direta, concordemos com ela ou não. Mas
os pt’istas estão mais preocupados com a integridade do terno de
Genuíno. Sujar o terno de uma autoridade é uma verdadeira ameaça a
democracia, burguesa, uma vez que o terno é um símbolo da autoridade
burocrática e de classe. “Que morram todos os meninos de rua, mas
não sujem nossos ternos!!!”, afinal em política se pode tudo,
menos balançar o coreto das autoridades. É PT, quem te viu e quem te
vê.</FONT> <o:p></o:p></SPAN></DIV>
<DIV style="TEXT-ALIGN: justify" align=left><FONT
size=2></FONT></FONT></SPAN></SPAN> </DIV>
<DIV align=left><SPAN class=article><SPAN
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mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: KO;
mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA"><STRONG><FONT
face=Arial>Lutando nas Ruas: camelôs e controle social na Cidade
Maravilhosa</FONT></STRONG></DIV>
<DIV class=MsoNormal align=left><FONT face=Arial></FONT> </DIV> <DIV
class=MsoNormal align=left><FONT face=Arial><FONT size=2>Desde o mês de
outubro de 2002 a política nazista do prefeito César Maia tem ganhado
contornos mais nítidos, com a intensiva e constante repressão movida
pela Guarda Municipal (GM) e também pela Polícia Militar (PM). Os
conflitos se intensificaram dia após dia, até ganharem contornos
dramáticos nos meses de novembro-dezembro de 2002, com guardas
municipais sacando armas, agredindo camelôs e recebendo em troca
disparos de rojão e ataques relâmpagos a pedradas de pequenos grupos de
ambulantes. Os atritos iniciais entre PM e GM foram resolvidos pela
intervenção de cúpula dos poderes públicos estaduais e municipais, com o
apoio explícito da então governadora Benedita a César Maia. Logo PM e GM
pararam de trocar tapas para reprimirem unificadamente os camelôs.
</FONT></DIV>
<DIV class=MsoBodyText style="TEXT-ALIGN: left" align=left><FONT
size=2>Uma radiografia da repressão mostra que ela é movida contra os
chamados “camelôs ilegais ou irregulares”, aqueles que
trabalharam fora das áreas permitidas pela prefeitura. O discurso
legitimador é o já tradicional no RJ: o da criminalização. Os camelôs
são acusados de ligação com o tráfico, com a máfia e o contrabando. No
entanto, os camelôs reprimidos são realmente “ambulantes”
(senão não poderiam fugir), os que têm uma banquinha móvel e normalmente
vendem produtos alimentícios e nacionais (barbeadores, guaraná, pilhas)
de pouco valor, ao contrário das sofisticadas barracas das áreas
legalizadas (como o camelódromo) que trabalham com importados e não
emitem nota fiscal. Ou seja, o problema não é exatamente de
“legalidade”.</FONT></DIV> <DIV class=MsoBodyText
style="TEXT-ALIGN: left" align=left><FONT size=2>A questão é que a boa
parte dos ambulantes reprimidos representa uma massa fora de controle,
desempregados, idosos, jovens insatisfeitos, muitas vezes negros,
moradores de periferia que ousaram enfrentar a repressão e foram mais
reprimidos ainda pela ousadia do enfrentamento. Economicamente falando,
talvez não seja nada permitir ou proibir os camelôs de ficarem ali, mas
politicamente, hoje, sua permanência pode ser um mau exemplo para a
plebe urbana do RJ, que transita sempre sob os olhares atentos da
repressão.<SPAN
style="mso-spacerun: yes"> </SPAN></FONT></DIV>
<DIV class=MsoBodyText style="TEXT-ALIGN: left" align=left><FONT
size=2>Estado e imprensa, Direita (César Maia) e Reformistas (PT da
Benedita) todos cerraram fileiras contra os camelôs e a favor da
“ordem urbana”. Os trabalhadores ambulantes vêm sozinhos
movendo uma luta cotidiana e desigual contra a repressão
policial-militar, a difamação movida pelos órgãos de imprensa e as
autoridades públicas. </FONT></DIV>
<DIV class=MsoBodyText style="TEXT-ALIGN: left" align=left><FONT size=2>É
importante que os revolucionários cumpram seu papel junto às lutas da
população, e esta com certeza é uma delas, seja através da organização e
intervenção junto aos conflitos, seja com uma política de esclarecimento
e combate às mentiras divulgadas pelo Estado e pelos jornais burgueses.
</FONT></DIV>
<DIV class=MsoBodyText style="TEXT-ALIGN: left" align=left><FONT
size=2>Foi neste sentido que a Resistência Popular (RP) no mês de
dezembro fez duas panfletagens em apoio dos camelôs. Os militantes
quando entregavam os panfletos e diziam as palavras de ordem:
“Fora César Maia – Liberdade para o Camelô”, eram
saudados entusiasticamente pela população. Muitos ambulantes disseram:
“<I>Até que enfim alguém lembrou da gente</I>”. Muitos
tomaram os panfletos e os distribuíram também. No dia 18/12 a RP e a FER
(Frente Estudantil Revolucionária) fizeram um ato conjunto em apoio aos
camelôs, fazendo comícios relâmpagos e panfletagem, apoiados por faixas
e bandeiras. A simpatia dos camelôs que ainda estavam nas ruas (muitos
foram afastados pela repressão) foi nítida, vários acenavam e cantavam
palavras de ordem junto com a coluna de manifestantes que se deslocava
pelas ruas do centro. </FONT></DIV> <DIV class=MsoNormal align=left><FONT
size=2><SPAN
style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: 'Times New Roman';
mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: KO;
mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA">Conflitos
deste gênero tendem a se intensificar, uma vez que o sistema opta por
reprimir ao invés de tolerar (não dizemos nem integrar) as massas pobres
urbanas. E eles irão deixar cada vez mais claro o oportunismo e os
limites da política reformista, e como somente os revolucionários irão
se posicionar do lado das lutas da massa pobre e
oprimida. </SPAN> <o:p></o:p></FONT></FONT></DIV></SPAN></SPAN></FONT><DIV align=left><FONT face=Arial size=2> </FONT></DIV>
<DIV align=left><FONT face=Arial
size=2> </FONT></DIV>
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<DIV align=left><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV align=left><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV></BODY></HTML>
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