A - I n f o s
a multi-lingual news service by, for, and about anarchists **

News in all languages
Last 40 posts (Homepage) Last two weeks' posts

The last 100 posts, according to language
Castellano_ Català_ Deutsch_ Nederlands_ English_ Français_ Italiano_ Polski_ Português_ Russkyi_ Suomi_ Svenska_ Türkçe_ The.Supplement
First few lines of all posts of last 24 hours || of past 30 days | of 2002 | of 2003

Syndication Of A-Infos - including RDF | How to Syndicate A-Infos
Subscribe to the a-infos newsgroups
{Info on A-Infos}

(pt) no próximo número de A BATALHA: "EM MEMÓRIA DE Francisco Ferrer y

From a-infos-pt@ainfos.ca
Date Sun, 14 Dec 2003 15:53:44 +0100 (CET)


Guardia, Buenaventura Durruti e Francisco Ascaso em Barcelona (Cemitério
de Montjuich)" + "CONSUMPÇÃO SOCIAL"
Sender: worker-a-infos-pt@ainfos.ca
Precedence: list
Reply-To: a-infos-pt

______________________________________________________
A - I N F O S S e r v i ç o de N o t í c i a s
Notícias sobre e de interesse para anarquistas
http://ainfos.ca/ http://ainfos.ca/index24.html
________________________________________________

EM MEMÓRIA DE Francisco Ferrer y Guardia, Buenaventura Durruti e
Francisco Ascaso Barcelona (Cemitério de Montjuich), 22 de Novembro 2003
Aderiram a este acto as seguintes colectividades e indivíduos:
Mujeres Libres (Madrid)
Donnes Lliures (Valência)
Mujeres por Ia anarquia (Mérida)
Fundación Anselmo Lorenzo (Madrid)
Fundación Salvador Seguí (Valência)
Centro de Estudos Libertários I A Batalha (Lisboa)
2ème Union Régionale Nord, CNT-F (Paris)
Association Germinal (Paris)
Sara Berenguer
Pepita Carpena
Pepita Carnicer
Concha Liaño
Ana Schupk e José Mafé (Edmonton, Canadá)
Joaquin Querol (Costa Rica)
entre outros

No dia 22 de Novembro de 2003 celebrou-se no Cemitério de Montjuich, em
Barcelona, ante os túmulos de Francisco Ferrer y Guardia, Buenaventura
Durruti e Francisco Ascaso, um acto comemorativo-homenagem organizado por
três mulheres libertárias: Joaquina Dorado, Antonina Rodrigo e Concha
Perez.
A assistência foi numerosa. Depois da apresentação guardou-se um minuto
de silêncio em memória do militante anarquista Ramón Alvarez Palomo
falecido recentemente em Gijón.
Eduardo Pons Prades recordou o pedagogo racionalista Francisco Ferrer,
inculpado dos acontecimentos da semana trágica de Barcelona e fuzilado
nos fossos do Castelo de Montjuich. Recordou com igual emoção os
militantes anarquistas Durruti e Ascaso mortos em combate pela liberdade.

A actriz Susana Koska leu poesias e Joaquina Dorado e Antonina Rodrigo as
adesões. Colette, a filha de Durruti, enviou de França três rosas
vermelhas que foram depostas uma em cada túmulo.
Visitaram-se as sepulturas de Salvador Seguí, Anselmo Lorenzo e a vala
comum, ouvindo-se o hino revolucionário "Hijos dei Pueblo" diante das
sepulturas dos poucos membros das Brigadas Internacionais que descansam
na vala comum.
A este acto compareceram algumas pessoas republicanas, com a sua
bandeira, que foram recebidas fraternalmente.
Terminado este encontro, pôde ainda escutar-se uma criança e uma mulher,
anónimos, que recitaram um texto poético ante o túmulo do que foi
presidente da Generalitat, Luis Companys, o qual, tendo a França
concedido a sua extradição ao franquismo, foi fuzilado nos fossos do
Castelo de Montjuich, repousando os seus restos mortais na vala comum.
Joaquina Dorado

CONSUMPÇÃO SOCIAL

Hipoplasia prossegue. Numa sondagem acerca da constituição europeia, os
portugueses persistem na incoerência – entre os 25 são o 9° na aceitação,
embora dos mais cépticos e ignorantes sobre o assunto. No crescimento
económico, a habitual companheira da cauda está no topo. Morre-se mais de
frio neste cantinho que nos países nórdicos. Temos as maiores taxas de
pobreza – 2 milhões vivem abaixo do limiar –, mortalidade por cancro e
corrupção. Os portugueses ganham cada vez menos e compram cada vez mais
caro, pagando a electricidade acima da média europeia.
Desde a entrada em vigor do euro, produtos aumentaram 30%, ao passo que o
salário mínimo se confinou a 6,7 e a inflação medida atingiu 3,7, o que
significa incapacidade e inércia do poder. Corolário inalterável:
facultar o atoleiro para instigar trabalho árduo com aura de recuperação.
O processo de globalização regulado de forma justa e equilibrada é uma
miragem.

O debate do regime de segredo de justiça, escutas telefónicas e prisão
preventiva saiu da prisão do deputado. Da função dele. O poder como
centro de pressão do processo. Demonstrando que a separação de poderes
funciona... se não afectar elementos do poder político. Do colectivo do
Tribunal da Relação rompeu a provecta realidade: pena é que, até agora,
do Zé da Rua se não tenham lembrado!
«Não queremos politizar a justiça», afirmou o representante do partido
que manifestou fazê-lo. E que envolvido na crise que criou, tentou
aproveitá-Ia para dividendos eleiçoeiros. Porque, regra geral, na
política como no futebol e no recreio da escola, as opiniões a favor ou
contra cingem-se à inclinação do opinante.
O que a classe política desejava, ante a “falta de respeito” à
preeminência, já tem luz ao fundo do túnel: novas regras. Nas velhas
julgaram ter separado as águas (há coisas que se não podem pôr preto no
branco...). Agora, passará a ser, efectivamente um problema dos outros.
Juiz do processo descodificou o DIAP – Depósito de Inquéritos a Aguardar
Prescrição. E tivemos o inevitável contradíctío ín abjecto. O advogado de
defesa, que estende o processo através de recursos em cadeia, toma-se de
acusação, alegando difamação do cliente e ... exigindo andamento rápido.

Falar de empenhoca para a filha de um ministro é, passe a expressão, como
ir à beira-mar e chamar a atenção para um glóbulo do líquido. Como
escreveu António Barreto (Público): “todos os partidos parlamentares e
todos os governos concordam com estes privilégios”. Depois, o oblóquio:
uns são criticados por se demitirem, outros porque deviam; uns querem a
demissão de outro, mas quando atingidos procuram evitá-Ia. E há os que
assumem cargos, aceitando implicitamente as suas directrizes, e mais
tarde objectam: “não contem comigo para...” Que os obrigou a aceitar?
Acerca da Constituição europeia, pretendem fazer perguntas de factos
consumados, sem direito a referendo na altura devida. Porque entre nós,
os referendos são à vontade do patrão – consoante a conveniência. E o
“sim” vem na linha da adesão impensada à moeda única, que consideraram
inevitável. Ademais, a directiva europeia sobre operações financeiras
suspeitas não foi adoptada, porque é uma batata muito quente.

Enterraram a ideologia (sentido figurado e familiar, claro), mas
continuam com “esquerda”, “socialismo”, etc. Comediando o que já
assumiram ou exercendo má-fé. Muitos dos que no regime anterior
criticaram benesses e privilégios, agora, na maior parte fúfias, vão mais
longe, com jactância. E veio o jogo bipolar. Quando a crise de um
amortece a erosão do outro, a sondagem acusa a costumeira diferença, que,
desde sempre, decide o destino da política caseira. É impensável
engendrar o oposto diametral, pois a diferença é ténue. Não fora a
conveniência dos interesses e poderiam fundir-se.

Autarquias, nas mãos dos partidos-bengala, são discriminadas pelos da
bipolarização, a fim de criarem condições para o abarcamento. E no
interesse dos Iobbies, dinheiro da reciclagem foi desviado para a
incineração.

A maioria quer estender o prazo do mando e criar o Senado, ou seja, mais
sinecura. E a inaceitação geral do valor geral recebido pelos novos
peritos do eterno “caso” Camarate – 40 euros por hora – não está só na
discrepância. Está na impossibilidade de conferir efectivação e
durabilidade condizente. Por sua vez, certamente cansada do palco de
S.Bento, deputada veterana aderiu à revista. Em compensação, companhia de
teatro declamado foi ao dito palco competir com os deputados. Conforme
deputado (e advogado) “parlamento sem advogados é assembleia de párias e
indigentes”. Talvez a preposição com seja a indicada, se utilizarmos o
sentido figurado.

Enquanto os vencimentos da maioria que fossanga aumentam ao ritmo do
cágado, as comissões bancárias sobem ao do gamo – em cinco anos
duplicaram! Nas reformas é ainda imoral, pois o beneficiário recorre ao
depósito devido a extravio da ordem de pagamento. Por outro lado, o
consumidor de
electricidade tem de pagar as indemnizações dos trabalhadores dos grandes
próceres, dispensados. Assim vai a justiça social.
No ano transacto foi estabelecido um escalão de rendas consoante a
inflação, ao passo que vencimentos ou reformas de inquilinos estacionaram
ou ficaram aquém da dita. Este ano as rendas subiram acima da inflação,
sem qualquer justificação da alteração e o duo vencimentos-reformas
manteve a norma. Confrontado com o desconchavo, um economista da
televisão encolheu os ombros. Para ele não tem importância, mas para a
maioria é medular. Ademais, a incongruência não está só neste caso,
obviamente, sucedeu na generalidade dos bens, em alguns casos mais
agravado. Por isso, o
economista deve servir os espectadores.
Há cada vez mais utentes sem médico de família e nos centros de saúde e
hospitais uns médicos receitam, e bem, o rastreio; outros consideram
simples rotinazinha. A propósito da rejeição de meio milhão de idosos
pobres pelas Misericórdias e IPSS, o presidente da ALI revelou: “as
reformas dos idosos do Norte da Europa dão para viver luxuosamente em
Portugal”. Onde o reformado é estigmatizado como proxeneta. Assim, foi
tornado público que residências assistidas para idosos só para a classe
média e alta.
Se para a especulação imobiliária a Expo foi um achado, para o mal-amado
cooperativismo – pelo menos como referência – foi uma “ressurreição”.
Manifestantes protestam contra instalação de bombas de gasolina, sem pôr
em linha de conta o que as motiva. Dentro da capital, por exemplo,
guia-se a mais de 110 km e a alcoolemia atinge taxas superiores a 1,2
g/l. Na sinistralidade rodoviária, o busílis reside na capacidade
psicológica do condutor.
Se a pressão contínua sobre o desenvolvimento do trabalho temporário é
capitalismo global por excelência, rejeitar o aborto na economia de
mercado é embeleco.
Revivendo o fascismo, deram o nome do PR actual a um estádio de futebol.
E na inauguração de um dos 10 novos estádios a benzedura teve o requinte
da exigência que o eclesiástico fosse adepto do respectivo clube. Um
questionário sobre o “estádio novo de que gosta mais” teve a resposta
quase invariável: “gosto do X porque é o do meu clube”.
Dizem que nos governos de Guterrez se viveu acima das nossas
possibilidades. Mas a maioria não deu por isso...

Quarenta monárquicos contra a República tiveram mais tempo de antena que
os quatrocentos mil que protestaram contra a globalização capitalista. E
o alastramento da igreja católica na comunicação social sugere montagem
de legos do salazarismo. Na habitual “conversa em família”, do afilhado,
ficámos a saber que Afonso Costa, o célebre «racha-sindicalistas», era de
esquerda. Sabíamos que invencionaram personagens de “esquerda” após o 25
de Abril, mas da I República... Se ele não era canhoto, temos uma
hipótese estética: conveniência de nivelar os pratos da balança. Serve de
mnemónico aos elementos dos pequenos partidos, agora preponderantes no
PS, que, após o 25 de Novembro, aderiram a este partido para – ipsis
verbis – evitarem que deslizasse para a direita. Razão tem António Lobo
Antunes, numa excelente entrevista do DN: “o drama para as pessoas
verdadeiramente de esquerda é que são
Apátridas”.
A censura do In Memoriam do Salgado Zenha envolveu a democracia
simplesmente apregoada e seus arautos farisaicos. E jornais que procuram
insuflar a isenção, estão ao serviço de um partido.
Analista político confessou ter a gravação de todas as fitas do
Schwarzenegger. Não abona o cinéfilo. Jornalista, assumidamente
partidário, desfigurou afirmação do PGR. Sociólogo garante que
determinado dirigente máximo de partido não é “pessoa normal”. Professor
universitário
(ex-ministro) enumera atentados dos palestinianos, “esquece” os dos
israelitas e acrescenta: “os EUA deveriam liderar o processo”. Não é o
que estão a fazer? Corifeus da escrita, apesar de apoiarem uma das
partes, desenvolvem assuntos por duas ou mais vertentes como mera cortina
de fumo. Docente universitário arma-se em estratega, a propósito do
Iraque, mas confina-se à frustração militar.
Autarca frisante chamou a atenção para o boicote de um governador civil e
autarcas a uma visita do PR, por não ter projecção na comunicação social.
E segundo director de informação de canal privado, “a RTP2 tem um
orçamento muito maior que o nosso”. Destarte, a contenção foi uma farsa.
Ernesto de Vasconcelos

EM MEMÓRIA DE
Francisco Ferrer y Guardia, Buenaventura Durruti e Francisco Ascaso
Barcelona (Cemitério de Montjuich), 22 de Novembro 2003

Aderiram a este acto as seguintes colectividades e indivíduos:

Mujeres Libres (Madrid)
Donnes Lliures (Valência)
Mujeres por Ia anarquia (Mérida)
Fundación Anselmo Lorenzo (Madrid)
Fundación Salvador Seguí (Valência)
Centro de Estudos Libertários I A Batalha (Lisboa)
2ème Union Régionale Nord, CNT-F (Paris)
Association Germinal (Paris)
Sara Berenguer
Pepita Carpena
Pepita Carnicer
Concha Liaño
Ana Schupk e José Mafé (Edmonton, Canadá)
Joaquin Querol (Costa Rica)
entre outros

No dia 22 de Novembro de 2003 celebrou-se no Cemitério de Montjuich, em
Barcelona, ante os túmulos de Francisco Ferrer y Guardia, Buenaventura
Durruti e Francisco Ascaso, um acto comemorativo-homenagem organizado por
três mulheres libertárias: Joaquina Dorado, Antonina Rodrigo e Concha
Perez.
A assistência foi numerosa. Depois da apresentação guardou-se um minuto
de silêncio em memória do militante anarquista Ramón Alvarez Palomo
falecido recentemente em Gijón.
Eduardo Pons Prades recordou o pedagogo racionalista Francisco Ferrer,
inculpado dos acontecimentos da semana trágica de Barcelona e fuzilado
nos fossos do Castelo de Montjuich. Recordou com igual emoção os
militantes anarquistas Durruti e Ascaso mortos em combate pela liberdade.

A actriz Susana Koska leu poesias e Joaquina Dorado e Antonina Rodrigo as
adesões. Colette, a filha de Durruti, enviou de França três rosas
vermelhas que foram depostas uma em cada túmulo.
Visitaram-se as sepulturas de Salvador Seguí, Anselmo Lorenzo e a vala
comum, ouvindo-se o hino revolucionário "Hijos dei Pueblo" diante das
sepulturas dos poucos membros das Brigadas Internacionais que descansam
na vala comum.
A este acto compareceram algumas pessoas republicanas, com a sua
bandeira, que foram recebidas fraternalmente.
Terminado este encontro, pôde ainda escutar-se uma criança e uma mulher,
anónimos, que recitaram um texto poético ante o túmulo do que foi
presidente da Generalitat, Luis Companys, o qual, tendo a França
concedido a sua extradição ao franquismo, foi fuzilado nos fossos do
Castelo de Montjuich, repousando os seus restos mortais na vala comum.
Joaquina Dorado




*******
****** Serviço de Notícias A-Infos *****
Notícias sobre e de interesse para anarquistas
******
INFO: http://ainfos.ca/org http://ainfos.ca/org/faq.html
AJUDA: a-infos-org@ainfos.ca
ASSINATURA: envie correio para lists@ainfos.ca com a frase no corpo
da mensagem "subscribe (ou unsubscribe) nome da lista seu@enderço".

Indicação completa de listas em:http://www.ainfos.ca/options.html


A-Infos Information Center