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(pt) Fato Comentado - 25 de Agosto: POR QUE A ONU FOI ALVO EM BAGDÁ?
From
a-infos-pt@ainfos.ca
Date
Tue, 26 Aug 2003 11:09:22 +0200 (CEST)
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A - I N F O S S e r v i ç o de N o t í c i a s
Notícias sobre e de interesse para anarquistas
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Uma publicação do Manifesto Anarquista - Zine
Esta seja talvez a pergunta principal no caso do ataque à sede da ONU em
Bagdá, Iraque. Na explosão morreu o enviado especial Sérgio Vieira de
Mello, brasileiro, que fazia carreira na entidade.
Duas são as supostas teses para o acontecido. A primeira é que nenhuma
organização mulçumana teria interesse em desmoralizar a ONU, já que seu
grande inimigo chama-se Estados Unidos da América do Norte. A outra é que
o ataque teria sido gerado por uma organização mulçumana visando
desmoralizar os EUA, através da subserviente ONU.
Analisando a suposição de que o ato não foi realizado por uma tendência
árabe, resta pensar que foi uma sabotagem. Como? Simples, basta recordar o
11 de Setembro. O que aconteceu com as leis nos EUA depois do atentado às
Torres Gêmeas? A legislação enrijeceu e a luta contra o terror se
intensificou. Desde então tudo é desculpa para “manter a ordem” e evitar
novos ataques terroristas. Já há algum tempo o governo ianque vem sofrendo
pressão interna por causa das inúmeras mortes de soldados americanos em
solo iraquiano. Os EUA não podiam usar táticas mais duras, pois a pressão
interna estava muito forte, já que pressão externa, para eles, não faz
diferença alguma. Um exemplo disso foi que a ONU era contra a invasão
anglo-americana no Iraque e mesmo assim o ditador Bush atacou Bagdá. O que
eles precisaram, então, para intensificar a caça “aos terroristas” do
antigo regime iraquiano? Uma desculpa. E qual foi ela? O atentado à sede
da ONU. Não posso supor quem teria feito ou “mandado fazer” este atentado,
mas usando esta linha de pensamento, o incidente ajudou, e muito, o
“presidente” Bush – já que agora ele tem carta branca para fazer seus
devaneios.
Agora partindo da premissa que o ataque tenha sido realizado por uma
organização mulçumana, com o intuito de desmoralizar os EUA, não há como
negar que o ataque a ONU foi apenas um meio, já que o fim pode está
próximo. Este ataque mostra, claramente, uma coisa que há muito tempo
tem-se falado: os EUA não conseguem proteger ninguém, nem os seus
subalternos. Pode-se ver na constante matança de soldados americanos, como
também de jornalistas e de voluntários da ajuda humanitária. Quem agora
ainda pensará que está seguro sob a imposição de um governo
norte-americano, seja ele de ocupação ou não? Dentro do seu território os
EUA continuam paranóicos com o 11 de Setembro e nos países que ele ocupa
com a desculpa de “restabelecimento da democracia”, não há lugar para
norte-americanos. Os EUA não conseguem conter a insubmissão do povo
iraquiano, basta lembrar que desde a ocupação norte-americana, já
sabotaram a rede elétrica, o oleoduto e a água, fora os ataques às tropas
norte-americanas e ao ataque a ONU, mencionados anteriormente.
A ONU, que já estava desacreditada, agora é uma entidade sem eira nem
beira. Quando ela foi contra a invasão anglo-americana no Iraque, o
“presidente” George W. Bush passou por cima da entidade. Quando a ONU
reivindicou mais poderes no governo provisório iraquiano, os EUA disseram
que não iam ceder pra ninguém o direito de governar, “por enquanto”, o
Iraque. A ONU fica, então, numa constante submissão ianque e, assim sendo,
sofre todas as hostilidades anti-americanas desde o Iraque até a mais
singela comunidade terceiro-mundista. Não há, de forma alguma, qualquer
desculpa para a permanência nem da ONU nem do exército ianque e britânico
no solo iraquiano. Enquanto houver estrangeiros “decidindo” pelo povo
local, os ataques insubmissos não irão parar. Democracia se faz
horizontalmente, todos decidindo pela melhoria coletiva e não através de
um império tentando implantar uma democracia representativa e capitalista,
a fim de tirar proveito da desgraça alheia.
Philipe Ribeiro, em 25/Agosto/2003
(c) Copyleft 2003 - É autorizada a reprodução deste artigo para fins não
comerciais desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota sejaincluída.
Expediente:
Fato Comentado nº 005 - 25 de Agosto de 2003
Editor: Fletcher Jones
Diagramação/Projeto Visual: Editora Arriégua
Impressão e Distribuição: Editora Arriégua
(sem sede fixa e sem direitos autoriais reservados.)
Tiragem: 200 exemplares
(o resto é por sua conta... e risco!)
Esse texto tem a intenção de interpretar os fatos que acontecem no
dia-a-dia e colocá-los em discussão. Como o espaço físico do Fato
Comentado é muito pequeno, nenhuma abordagem pode ser feita amplamente,
necessitando sempre de colocações futuras. Pensando nisso é que colocamos
o e-mail anarquista@riseup.net disponível para todos(as) aqueles(as) que
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