A - I n f o s
a multi-lingual news service by, for, and about anarchists
**
News in all languages
Last 40 posts (Homepage)
Last two
weeks' posts
The last 100 posts, according
to language
Castellano_
Català_
Deutsch_
Nederlands_
English_
Français_
Italiano_
Polski_
Português_
Russkyi_
Suomi_
Svenska_
Türkçe_
The.Supplement
{Info on A-Infos}
(pt) Causa do Povo Nº4 # JULHO - 2003
From
a-infos-pt@ainfos.ca
Date
Sun, 10 Aug 2003 17:06:54 +0200 (CEST)
______________________________________________________
A - I N F O S S e r v i ç o de N o t í c i a s
Notícias sobre e de interesse para anarquistas
http://ainfos.ca/ http://ainfos.ca/index24.html
________________________________________________
de fai_rj-A-yahoo.com.br
A imprensa, o presidente da república, os ministros, os
partidos da esquerda colaboracionista e toda a classe
dominante têm diariamente enfiado pela nossa goela a
obrigação de aceitar um determinado modelo de reformas
que, segundo este conjunto de atores, é uma necessidade urgente
e geral para promover a justiça social no país, mas que na verdade
não é mais que a parte mais visível do aprofundamento do
projeto político e econômico da burguesia brasileira e estrangeira
até então expresso por FHC e sua gangue. Grande parte do povo
brasileiro e de seus movimentos sociais encontram-se confusos e
perdidos diante dos posicionamentos assumidos por
Lula, pelo PT e pelo conjunto da esquerda reformista. Estes
mesmos que até alguns meses atrás se colocavam contra o
neoliberalismo, a política econômica recessiva, o privilégio
dos banqueiros, as imposições do FMI, o ataque aos direitos
populares e trabalhistas; agora exigem que todos curvem-se
perante a manutenção e o aprofundamento de tudo isto.
É importante, em primeiro lugar, enxergar com
muita clareza os fatos e não se deixar confundir pelo bombardeio
ideológico dos opressores. Existe todo um amplo conjunto de
medidas que o governo federal busca aprovar no Congresso
Nacional, e que representa um ataque poderosíssimo contra os
direitos, a dignidade e a própria vida do povo, pois além de piorar
diretamente sua condição social e econômica, aumenta os
privilégios e a força da burguesia que constrói e aumenta seu poder
com a destruição da capacidade de resistência dos de baixo. O
projeto de Reforma da Previdência defendido pelo
governo Lula e seus aliados tem o mesmo sentido daquele
defendido por FHC. O objetivo é pouco a pouco (começando pelos
servidores públicos) ir arrancando dos trabalhadores os direitos
conquistados com muita luta e muito sacrifício ao longo de nossa
história, e entregar os bilionários recursos previdenciários nas
garras dos banqueiros nacionais e internacionais.
A classe dominante tem consciência que o governo de
Lula é o mais apto para concluir a obra neoliberal no Brasil. O apoio
que ainda recebe de grande parte do movimento popular, e as
ilusões que ainda alimenta no povo, faz do governo petista a
melhor oportunidade para a burguesia consolidar seu projeto.
Ao mesmo tempo que o governo quer reduzir os benefícios dos
servidores públicos e cobrar contribuição de quem já está
aposentado, a dívida dos empresários que não repassam
aos cofres da Previdência as contribuições de seus
empregados é perdoada. Este é o espírito da Reforma da
Previdência de Lula. Além dela, sua Reforma Tributária mantém
a maior parte dos impostos nas costas dos mais pobres, a
Reforma Trabalhista pretende aniquilar os direitos de nossa
classe e a mudança na Lei de Falência passa a privilegiar os
banqueiros ao invés dos trabalhadores na fila para receber
a dívida dos empresários que decretam a falência de seus
negócios. Tudo isto está de acordo com o projeto do FMI, dos
grandes industriais, dos banqueiros e latifundiários que
continuam a governar o país através do “Companheiro
Presidente” e da esquerda colaboracionista.
Nós anarquistas sabemos que nosso lugar é na luta e na
resistência ao lado de nosso povo e nossa classe. Não temos dúvidas
de que este governo e seus projetos só atendem aos
interesses de nossos opressores.
Na verdade, sabemos que somente o povo organizado e em
luta é capaz de conquistar e garantir seus direitos, sua
dignidade e um país de iguais, coisa que governo nenhum pode
nos dar. Não nos deixamos seduzir, confundir ou enganar
pelo governo do Sr. Lula, estamos, sempre estivemos e
sempre estaremos entregando todo o nosso esforço lutando para
construir o poder do povo organizado, o Poder Popular!
NEM UM PASSO ATRÁS !!!
TODO PODER AO POVO !!!
As Reformas Neoliberais do ... PT
FAI - Federação Anarquista Insurreição
Muito se fala sobre a defesa da Universidade Pública, mas
quase nada se faz realmente por ela. Na verdade, o que acontece
é que na maioria das vezes alguns setores universitários levantam a
voz para defender um modelo de Universidade Pública, que de fato
só tem de público o financiamento, pois é fechada ao
povo, e a ele não serve.
A miopia de grande parte do Movimento Estudantil e dos
sindicatos de funcionários e professores, impede que o óbvio
seja percebido. A tão combatida privatização da universidade
avança a passos largos. Privatizar não é só cobrar mensalidade, é
utilizar dinheiro público para objetivos privados (de empresas,
ONGs, grupos de governo e etc...), e isto já acontece no
sistema universitário público há muitas décadas, com um
aprofundamento maior no período recente, e a conseqüência
têm sido que se chega inclusive à cobrança de diversas taxas ilegais
em várias universidades públicas país afora.
A recente lei que criou a reserva de vagas para estudantes
de escolas públicas, negros e pardos nas universidades
estaduais permitiu que várias questões ficassem mais claras. A
mais importante delas diz respeito ao fato de que o
conservadorismo reacionário e racista da burguesia e da classe
média está sempre pronto a ser acionado quando qualquer um de
seus privilégios é ameaçado ou apenas questionado. Igualmente,
várias pessoas de boa vontade se permitiram ser induzidas por uma
série de mitos e mentiras que estão sendo marteladas a toda
hora na imprensa.
Sem dúvida o formato do projeto de reserva de vagas não é
ideal, porém, igualmente não restam dúvidas que esta medida
irá possibilitar uma maior abertura da Universidade Pública
a diversos setores da sociedade que apesar de financia-la
obrigatoriamente com o pagamento de impostos, nunca
tiveram acesso a suas salas de aula e a sua produção acadêmica e
tecnológica. Isto é o que realmente nos importa. Quanto
aos mitos e mentiras, são facilmente desmascaradas.
1 – “No vestibular só conta a capacidade individual, portanto o
racismo não conta”: Mentira. O racismo é um câncer social que
atua de forma poderosa em nossa sociedade e durante toda a vida
dos negros e negras brasileiras funciona como um peso extra que
deve ser arrastado, desde a infância até a porta da
universidade e além. A sociedade deve admiti-lo e se mobilizar no
sentido de buscar reparar as suas nocivas conseqüências.
2 – “Deve-se resolver a educação básica e não começar pela
universidade”: Mito. Por que resolver a educação básica se
opõe a reverter as desigualdades na educação superior? Na
verdade, a universidade tem um papel importante na solução dos
problemas da educação básica da população oprimida, e quanto
mais filhos e filhas do povo estiverem na universidade, maior
a possibilidade dela se empenhar nesta tarefa com mais firmeza.
3 – “Os estudantes pobres e negros vão entrar na universidade
sem preparo”: Esta é uma mentira suja, já está provado em diversas
pesquisas que o desempenho no vestibular não tem relação alguma
com o desempenho na vida universitária. Na verdade, o
vestibular avalia um conhecimento descartável
produzido pelas escolas particulares mais caras e pelos
cursos pré-vestibulares comerciais, por isso o povo é
sempre excluído.
Entendemos a reserva de vagas como um avanço, pois além
de incluir mais gente do povo na universidade, também questiona
o próprio vestibular como forma de segregação. Deve-se mudar o
modelo de Universidade Pública existente no país. Devemos
buscar uma Universidade Pública para todos, ou então a privatização
vai avançar e não vai ter Universidade Pública para
ninguém. Na Argentina e no México, por exemplo, a
Universidade Pública é aberta a todos os estudantes que saem do
ensino médio, e não é de baixa qualidade por isto. Lutamos por
uma profunda transformação do modelo de Universidade Pública
vigente no país, queremos a Universidade Popular: aberta ao
povo, a serviço do povo!
Queremos romper com o autoritarismo, o racismo e o
elitismo que dominam o nosso sistema universitário público,
convidando os estudantes a engrossarem as fileiras da luta
classista e popular pelas suas reivindicações imediatas e pela
construção do Poder Popular conduzindo assim à destruição da
dominação capitalista e estatal que esmaga todos os direitos e
toda dignidade de nossa gente.
A Universidade Pública será de todos ou não será de ninguém
PELA UNIVERSIDADE POPULAR !!!
ANARQUISMO É LUTA !!!
*******
****** Serviço de Notícias A-Infos *****
Notícias sobre e de interesse para anarquistas
******
INFO: http://ainfos.ca/org http://ainfos.ca/org/faq.html
AJUDA: a-infos-org@ainfos.ca
ASSINATURA: envie correio para lists@ainfos.ca com a frase no corpo
da mensagem "subscribe (ou unsubscribe) nome da lista seu@enderço".
Indicação completa de listas em:http://www.ainfos.ca/options.html
A-Infos Information Center