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(pt) Fato_Comentado_-_Ano_1 Número_001_-_15_de_Abril_de_2003

From "Philipe Ribeiro" <philipe@inventati.org>
Date Wed, 23 Apr 2003 10:21:51 +0200 (CEST)


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A - I N F O S S e r v i ç o de N o t í c i a s
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Uma publicação do Manifesto Anarquista - Zine

Ano 1 Número 001 - 15 de Abril de 2003 - www.anarquista.cjb.net

A polícia agrediu, prendeu e torturou manifestantes contra a guerra em
várias cidades do Brasil. Os meios de mídia independente denunciaram as
truculentas ações policiais, enquanto a mídia corporativa, quando muito,
distorceu os fatos.
No Rio de Janeiro, depois da manifestação em frente ao consulado
estadunidense, no dia 23 de março, cinco estudantes (dentre eles um menor)
foram presos. Ficaram encarcerados durante cinco dias e vão responder às
acusações em liberdade.
Em Goiânia, no dia 27 de março, cinco estudantes secundaristas (todos
menores de idade) foram presos durante uma manifestação. No caminho à
delegacia foram espancados pela polícia militar e só foram liberados, ao
chegar na delegacia, com a presença dos pais.
Na cidade de Curitiba, no dia 04 de abril, dois manifestantes foram presos
por simularem uma partida de futebol do Euro contra o Dólar no calçadão da
Rua XV - centro da cidade.
Em Belo Horizonte a polícia atacou uma manifestação contra a guerra, que
terminou num quebra-quebra em pleno centro da cidade, no dia 10 de abril.
Seis manifestantes foram presos, um dos quais se encontra internado devido
aos ferimentos provocados pela agressão policial.
Desde Seattle venho acompanhando as manifestações e sempre há uma
repressão muito grande, principalmente nos grupos de afinidade mais
radicais. É comum que a polícia reprima os ativistas na maioria das
manifestações e o mais estranho é que não se faz muita coisa pra resolver
este problema.
Em São Paulo nas manifestações contra a ALCA no dia 20 de Abril de 2001
(A20), os ativistas fabricaram escudos de câmara de ar de caminhão para se
defender das cacetadas da polícia e depois de muita resistência os escudos
praticamente sumiram e os ativistas foram agredidos brutalmente.
Vejo que tem gente que se preocupa com isso, entretanto parece-me que há
aqueles que possuem um certo grau de masoquismo e gostam mesmo é de
apanhar. Já ouvi muita gente falar que manifestação só "presta" quando tem
enfrentamento com a polícia. Queria ressaltar que não é enfrentamento e
sim agressão policial, pois nunca vi ninguém agredir alguém usando um
escudo.
As manifestações contra a guerra abarcam ativistas e pessoas "comuns", mas
na hora da repressão a polícia não distingue o joio do trigo. As
manifestações anti-guerra mostraram claramente que todos aqueles que forem
para as ruas protestar contra qualquer coisa, serão reprimidos. Doa a quem
doer.
Quem gosta de quebra-quebra e violência policial é a mídia corporativa. Há
repórteres que têm o maior prazer ter o sangue dos ativistas em sua lente,
registrando os fatos. Eles ganham dinheiro às custas daqueles que estão
reivindicando um mundo mais humano e igualitário.
Cansei de apanhar e de fugir da polícia. Acho que muita gente pensa como
eu. Não seria a hora de repensarmos em como podemos fazer nossos protestos
sem sermos agredidos pelos cães de guarda do Estado? Vejo que está mais do
que na hora. E como diria minha querida mamãe: nunca leve desaforo pra
casa!
Philipe Ribeiro, em 15 de Abril de 2003.

(c) Copyleft 2003 - É autorizada a reprodução deste artigo para fins não
comerciais desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja
incluída.Expediente:
Fato Comentado nº 001 - 15 de Abril de 2003
Editor: Fletcher
Diagramação e Projeto Visual: Editora Clandestina
Impressão e Distribuição: Editora Clandestina
(sem sede fixa e sem direitos autoriais reservados.)
Tiragem: 250 exemplares
(o resto é por sua conta... e risco!)

Editorial:
A imprensa libertária está em constante crescimento. São fanzines,
revistas e jornais, sites de notícias, listas de discussão e bibliotecas
virtuais, fazendo com que nós estejamos sempre em sintonia com os
acontecimentos. Entretanto, há outras formas de usar os meios de
comunicação e uma que não vem sendo explorada é o fato comentado. O Fato
Comentado chega neste cenário sem a perspectiva de suprí-lo, mas com a
intenção de interpretar os fatos que acontecem no dia-a-dia e colocá-los
em discussão.
Esse texto tem a intenção de interpretar os fatos que acontecem no
dia-a-dia e colocá-los em discussão. Como o espaço físico do Fato
Comentado é muito pequeno, nenhuma abordagem pode ser feita amplamente,
necessitando sempre de colocações futuras. Pensando nisso é que colocamos
o e-mail anarquista@riseup.net disponível para todos(as) aqueles(as) que
queiram discutir o tema abordado.








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