A - I n f o s
a multi-lingual news service by, for, and about anarchists
**
News in all languages
Last 30 posts (Homepage)
Last two
weeks' posts
The last 100 posts, according
to language
Castellano_
Català_
Deutsch_
English_
Français_
Italiano_
Polski_
Português_
Russkyi_
Suomi_
Svenska_
Türkçe_
All_other_languages
{Info on A-Infos}
(pt) Anarquismo na Nova Zelândia hoje
From
"Moésio_Rebouças" <mr.ana@terra.com.br>
Date
Mon, 7 Oct 2002 14:04:59 -0400 (EDT)
______________________________________________________
A - I N F O S S e r v i ç o de N o t í c i a s
http://www.ainfos.ca/
http://ainfos.ca/index24.html
________________________________________________
Cada vez mais o anarquismo pipoca em países com pouca ou nenhuma
tradição de luta libertária. E na Nova Zelândia não podia ser
diferente. O anarquista Toby é integrante do grupo Wildcat e editor
da revista Thrall, de Wellington. E fala para a ANA das movimentações
anárquicas naquela parte do planeta rica em paisagens naturais e
terra dos índios Maoris, um dos primeiros povos a usar seu próprio
corpo como arte, através das tatuagens e piercings.
Grupos
O movimento anarquista na Nova Zelândia, ou Aotearoa (o nome Maori
para Nova Zelândia) é pequeno, mas mostra alguns sinais encorajantes.
No momento, há grupos anarquistas funcionando em Auckland, “Class War
Youth Anarchist Organisation”, Wellington, o “Committee for the
Establishment of Civilisation”, o “Freedom Shop Collective”, e
o “Wildcat”, e em Christchurch “Anarchist Round Table”, ou ART.
Também há agrupamentos anarquistas informais em Hamilton e Dunedin, e
uma seção da união sindicalista “Industrial Workers of the World”
(IWW), em Dunedin.
Encontro
Uma recente conferência nacional anarquista organizada pela ART,
feita em Chistchurch, no ano passado, atraiu aproximadamente 50
pessoas, o que não é ruim considerando que somente um quarto da
população (900.000) vive em South Island e que na Nova Zelândia falta
uma tradição de política radical, em qualquer tipo de política, luta.
Atividades e lutas
As atividades desses grupos são variadas. Algumas são focalizadas em
lutas locais da comunidade, como os anarquistas de Wellington,
envolvidos na tentativa de parar a construção de uma estrada inútil
que passará no meio da cidade, que destruirá diversas moradias,
incluindo a “Freedom Shop”, que é a única livraria anarquista na Nova
Zelândia. A luta contra essa estrada na cidade envolve ocupações,
policiais desordenados, manifestações, assim como parar a tentativa
dos guardas de segurança de nos tirar para fora da “Freedom Shop”.
A “Freedom Shop” ainda está funcionando, mas seu futuro é incerto.
A “Class War Youth”, de Auckland, esteve, recentemente, pesadamente
envolvida numa greve no ensino médio para apoiar os professores, que
estavam participando em uma arriscada greve maciça. Eles também
participaram de ações diretas contra a privatização da água em Auckla
nd. A ART em Christchurch esteve envolvida na construção de um centro
ativista (já inexistente), direitos de beneficiários, e ajudou a
produzir um jornal da comunidade local. A maioria dos grupos está
ativa na oposição à guerra das elites americanas “contra o
terrorismo”.
Fraqueza
A maior fraqueza do movimento anarquista, acredito eu, é que nós
temos muito pouca influência nos locais de trabalho. Em anos recentes
nós tivemos alguma influência em lutas da comunidade operária, e em
lutas de beneficiários, mas efetivamente não há influência nos locais
de trabalho. A IWW está tentando superar isto, e fez um ótimo
trabalho ao apoiar a luta dos estivadores, no ano passado, mas a IWW
como uma organização não deslanchou ainda.
Crescendo
Por outro lado, o movimento anarquista está agora atraindo uma escala
maior de pessoas, do que apenas os punks e hippies aos quais esteve
limitado há 10 anos atrás. Tem havido uma mudança do “estilo de vida
anarquista” e do anarquismo liberal para um “anarquismo de luta de
classes”. Essa movimentação é estimulada pela revista “Thrall”, a
maior revista anarquista na Nova Zelândia, produzida por um coletivo
de anarco-comunistas e anarco-sindicalistas em Wellington e
Christchurch.
Luta de classes
O anarquismo de luta de classes parece ser bem mais relevante às
condições na Nova Zelândia hoje, onde nós temos sido sujeitos a um
assalto do neoliberalismo aos níveis de vida, salários e condições de
trabalho, que colocaram aproximadamente 30% da população abaixo da
linha de pobreza. Nós ainda não chegamos a uma situação tão mal
quanto à da Argentina, mas a Nova Zelândia decaiu de um dos países
mais ricos do mundo nos anos 60 para um dos países com menor nível de
vida do 1º mundo atualmente. Entretanto, o assalto neoliberal e a
recessão não resultaram em muita resistência da classe trabalhadora.
A resistência foi isolada e subornada, assim como a onda de ocupações
de terra dos Maoris na metade dos anos 90. A maioria dos
neozelandeses é apática e se sente sem poder para mudar as coisas, no
geral há pouco interesse na política radical.
Maoris e anarquismo
O assim chamado “movimento anticapitalista” tem recentemente
reavivado um pouco seu interesse pelo anarquismo. Nós organizamos
muitos “carnavais contra o capitalismo” bem-sucedidos em Wellington.
Atraíram até 800 pessoas, o que não parece muito, mas considerando
que os protestos na Nova Zelândia tendem a atrair como 50 pessoas na
média de anos recentes, os números são, na verdade, relativamente
altos. Com a organização dos carnavais nós estabelecemos boas redes
com grupos de autodeterminação Maoris anticapitalistas, que são parte
da rede internacional Ação Global dos Povos (AGP ou PGA). A AGP da
Nova Zelândia estará organizando uma conferência este ano em
Wellington. Isso é emocionante porque é a primeira vez que grupos de
autodeterminação Maoris foram atraídos pelo anarquismo e pelas formas
anarquistas descentralizadas de organização.
Mais infos:
Thrall - POB 22-076 – Christchurch – Aotearoa – New Zealand
e-mail: thrallnet@yahoo.com
www.thrall.orcon.net.nz
www.freespeech.org/thrall
Colaborou Karina Lima, Belo Horizonte (MG)
Agência de Notícias Anarquistas-ANA
Numa cachoeira
folia das gotas do rio.
São águas no cio.
Marcelo S. Silvério
*******
********
****** Serviço de Notícias A-Infos *****
Notícias sobre e de interesse para anarquistas
******
ASSINATURAS: lists@ainfos.ca
RESPONDER: a-infos-d@ainfos.ca
AJUDA: a-infos-org@ainfos.ca
WWW: http://www.ainfos.ca/org
INFO: http://www.ainfos.ca/org
Para receber a-infos numa língua apenas envie para lists@ainfos.ca
a mensagem seguinte:
unsubscribe a-infos
subscribe a-infos-X
onde X= pt, en, ca, de, fr, etc. (i.e. o código de idioma)
A-Infos Information Center