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(pt) Oreokastro, Tessalônica: Manifestação anarquista contra a atitude racista da Associação de Pais de Alunos
Date
Mon, 26 Sep 2016 16:17:38 +0300
Na terça, 20 de setembro de 2016, uns 150 anarquistas se manifestaram em Oreokastro,
Tessalônica, contra a decisão da Associação de Pais e Alunos de não aceitar na escola
local aos filhos dos refugiados. Seque o chamado da Coletividade pelo anarquismo social
"Negro e Vermelho" à manifestação. ---- A luta contra o fascismo e o racismo é duradoura
porque alguns lhes oferecem teto ---- Nascemos em Oreokastro, em Damasco, em Kompani e em
Tumba (Tessalônica), em algum lugar na Crimeia e dentro de Atenas, nos bairros do oeste.
Crescemos e fomos à escola junto com Giannis, Maria, Mohamed, Lorián, Yuri e Hasan. ----
As fronteiras e os diferentes lugares de nossa origem nunca nos assustou e nunca nos
discriminaram. O que tem sido a linha divisória é a aversão de alguns antropoides
xenófobos (de atitude intolerante) e estúpidos que temeram que coexistíssemos com outras
crianças, que temeram a cor diferente, o idioma diferente. Como são pessoas de mentalidade
estreita, neste caso também decidiram não permitir a seus filhos estar na mesma escola com
os filhos dos refugiados e imigrantes. Declararam que se isso acontecesse, ocupariam a
escola. Nesta cidade, pois, o fascismo e o racismo já tocaram a porta desta comunidade.
Foi nesta cidade onde se acreditou que há crianças afortunadas e desafortunadas,
superiores e inferiores, crianças que podem educar-se em escolas e crianças cujo destino é
viver toda a vida em choças, crianças gregas e crianças que a ninguém lhe interessa o que
lhe passará, filhos de refugiados e de imigrantes.
Os que nunca falaram, os que se acomodaram tendo um teto e uma casa de veraneio,
encontraram quem é seu inimigo, "se rebelaram" para "reivindicar". "Qual é teu inimigo?
Uns "autóctones" estão declarando que alguns (eles) necessitam mais deste pequeno
território do que os filhos dos refugiados.
A nenhum destes partidários orgulhosos da misantropia asquerosa não lhe ocorreu que suas
ameaças e sua atitude discriminatória se voltarão contra eles mesmos. Enganaram dizendo
"que leve os imigrantes à sua casa". No entanto, estes estúpidos não puderam entender que
nós oferecemos hospitalidades a muitos perseguidos, pensado que, oxalá, alguém tivesse
oferecido hospitalidade a nossos avós, aos que chamavam "descendentes de turcos" os gregos
do Estado Grego (N.d.T.: se refere aos refugiados gregos que chegaram ao Estado grego,
expulsos da Ásia Menor e do Mar Negro em princípios do século XX). Quando exclui crianças
da educação, da vida social, da saúde pública, da atenção médica, lanças os cimentos de um
gueto. Tu que andas dizendo que não cabemos todos neste país, nas cidades, nos povoados,
nos trabalhos, nas escolas e nos hospitais, não cabes no que se chama ser humano, já que o
odeias profundamente, não cabes em toda a Terra, já que todas as suas partes são muito
diferentes e desiguais entre si. Cabes só no mundo do ódio, do temor e do fascismo.
O fascismo não é simplesmente um movimento político cujo fim é tomar o Poder e servir aos
interesses da patronal. Em sua faceta cotidiana é a guerra civil interna que declarou o
homem a si mesmo, é o pensamento mais odioso, expressado como pensamento ou como ação
contra os que se põem no ponto de mira por ser diferente (quanto a religião, a cor da
pele, ou a raça) e por da norma social predominante.
Uma série de pensamentos e ações criminais, desenvolvidas e expressadas em condições de
temor e insegurança, inundaram nossas vidas e sempre jogam a culpa ao outro, ao próximo,
ao companheiro de trabalho, ao vizinho, ao companheiro de classe. Estes são os que tem a
culpa, assim que nunca se culpe aos que têm em suas mãos nossa cotidianidade, os que
converteram a realidade diária em miséria. A expressão social diária do fascismo vai desde
o assassinato do antifascista Pavlos Fyssas e do imigrante Lucmán, até os disparos dos
contratistas-lacaios dos latifundiários contra os obreiros de terra de Manolada, desde as
torturas dos pescadores de Mijaninona que reclamavam receber seu salário até os programas
fascistas no centro de Atenas, desde as agressões organizadas dos fascistas aos obreiros
lutadores em Perama até os ataques dos batalhões de assalto estatais contra as okupas de
teto para imigrantes e refugiados.
Para se levar a cabo todas estas coisas "tão bonitas", faz falta aquela parte da
legalização social que constituiriam um respaldo para o Estado, assim como para os
aparatos para-estatais que vêm fazer o trabalho sujo onde o Estado não quer manchar suas
mãos. Esta retórica do ódio os soberanos a injetam aos de baixo, nos bairros, nos lugares
de trabalho, nas escolas. Para completar sua ofensiva, é mister formar umas condições e
canibalismo social, fazendo a todos voltar-se contra todos, sendo os títeres em uma caça
de bruxas que quer acabar com todas as marcas de esperança e de luta pela reivindicação de
nossas vidas.
Nós estamos contra o terror, e continuaremos tendo esperança e lutando. E amamos ao homem
justo por lutar e nos colocar do lado dos que se põem no alvo dos débeis, não dos
poderosos. E não vamos consentir que nenhum caçador de cabeças suje nossos bairros, muito
menos que se coloque como alvo a crianças.
Propomos os ideais da solidariedade. Por isso nos posicionamos e não queremos passar por
pessoas que não estão interessadas em nada. Nos tornamos anarquistas porque a Esquerda de
nossos avós já não existe. Dela ficou o compromisso e os cargos dos funcionários. Nos
tornamos anarquistas não por gostarmos que nos cacem, mas sim para poder recordar que
nunca vamos ser caçadores nem presas, nem amos nem escravos...
Coletividade pelo anarquismo social "Negro e Vermelho", Organização Política
Anarquista-Federação de Coletividades
Tradução: Agência de Notícias Anarquistas.
http://verba-volant.info/pt/oreokastro-tessalonica-manifestacao-anarquista-contra-a-atitude-racista-da-associacao-de-pais-de-alunos/
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